A parceria entre Sistema Faemg e Banco do Brasil promoveu mais uma edição do Circuito de Treinamento Agro, desta vez em Varginha, para produtores de café. O encontro foi realizado no auditório da Minasul e trabalhou os temas Gestão na Cafeicultura e Linhas de Crédito.
O gerente regional do Sistema Faemg em Varginha, Caio Oliveira, ministrou a palestra sobre gestão, na qual deu sugestões para que o produtor veja sua propriedade como uma empresa: “Por vezes temos dificuldades em buscar mão-de-obra, ver as possíveis soluções, fazermos um planejamento. Para tanto, é preciso prover os insumos, ter uma assistência de qualidade na lavoura, saber prover as máquinas, equipamentos, gerir as equipes e ter um bom plano de monitoramento”, aconselhou.
Os participantes compartilharam justamente os gargalos que enfrentam nessa área. José Ivan Borges é cafeicultor em Monsenhor Paulo e atendido pelo Programa ATeG Café+Forte. Ele conta que foi por meio do Programa Gestão com Qualidade em Campo (GQC) que resolveu vários problemas na fazenda. “Estava com muitas dificuldades relacionadas à mão-de-obra para produção de café de montanha e problemas de colheita. O instrutor foi à propriedade, fez todos os cálculos e me sugeriu comprar uma máquina para colher. Foi um ótimo investimento. A assistência do Sistema Faemg e treinamentos como o de hoje abrem a nossa cabeça”, disse.
De acordo com o produtor de café Maicon de Souza, o Senar “salvou a sua fazenda”. “Só tenho a agradecer! Estávamos quase quebrados, mas com a chegada do técnico de campo do ATeG, 90% das lavouras foram renovadas, comprei os implementos necessários e salvamos o nosso negócio”, afirmou.
“Os conteúdos abordados podem contribuir para que o produtor, que tem o conhecimento da porteira para dentro, também consiga atuar com maior rentabilidade da porteira para fora”, disse o técnico de campo do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), Peterson Franklin Coelho Neves.
Investimentos e custos
Para o mobilizador do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha, Diego Cauvilla, o momento foi importante para que os produtores pudessem receber informações, principalmente com relação ao cuidado com o solo. “A palestra foi fundamental para nos mostrar alternativas para a diminuição de aplicação de defensivos nas lavouras e diminuir o custo de produção. Sabemos que existe em nossos solos grandes riquezas que proporcionam alimento à planta, além de insetos que combatem pragas e nos ajudam”.
O assessor de Agronegócios do Banco do Brasil, Diego Berti, afirma que o evento também foi fundamental para apresentar linhas de crédito e investimentos. “Desta forma, o produtor rural conseguirá planejar novos investimentos, implementar tecnologias, trabalhar com novas lavouras cafeeiras e conseguir ter capital de giro para custear suas despesas e, assim, ter receita durante o ano”.