O seleiro é o profissional responsável pela confecção de selas e acessórios essenciais para a lida diária com cavalos. Em regiões com forte presença do agronegócio, esse tipo de artesanato é bastante procurado, sendo, inclusive, uma excelente fonte de renda para quem atua no setor. Diante desse cenário e com o propósito de fomentar a capacitação profissional de trabalhadores e produtores rurais, o Sistema Faemg Senar promoveu em Varginha, no Sul do Estado, cursos e oficinas dessa profissão.
O curso e a oficina “Peças utilitárias com seda e nylon com nós” ocorrem de 20 a 26 de março, durante a realização da 4ª Exposição Brasileira do Criador de Mangalarga Marchador. O evento reúne criadores de todo o país em busca de visibilidade e valorização dos animais. Durante as atividades, os participantes aprenderam a confeccionar peças importantes no manejo com os cavalos, como cabresto, cabeçada (item que segura a embocadura na boca do animal), rédeas, arreios, além de vários tipos de traças usando nylon e corda.
Para o gerente do Escritório Regional do Sistema Faemg Senar em Varginha, Caio Oliveira, essas capacitações são uma maneira de resgatar o ofício de seleiro que, a cada ano, tem ficado mais escassa. “Já não é muito comum encontrar seleiros profissionais atuando nas propriedades rurais e, por isso, quem tem qualificação nessa área, certamente, está à frente de outros trabalhadores, aumentando suas possibilidades de ganhos financeiros e colocação no mercado de trabalho”, analisou o gerente.
Este foi o propósito do mecânico Pedro Leonardo Grande Lima, ao se matricular no curso. “Essa oportunidade vai me ajudar a ter uma renda extra, pois são peças muito importantes no dia a dia rural”, diz. Já o estudante de Veterinária Gabriel Dutra de Oliveira viu no curso a oportunidade de se destacar na área de equinos, em que irá se especializar. “Ter esse conhecimento sobre as ferramentas de trabalho com os cavalos é um grande diferencial, além de gerar uma renda extra com a fabricação das ferramentas. Foi muito gratificante pegar uma simples corda e transformá-la em uma ferramenta útil e bonita”, diz.
