Produtores de Córrego Fundo, um dos principais polos de cachaça de Minas Gerais, comemoram a mudança na lei estadual que transferiu ao IMA a fiscalização de produtos vegetais e da cachaça. O Sistema Faemg Senar acompanha com otimismo a medida, que deve agilizar registros e fortalecer a fiscalização estadual.
Roger Sejas, presidente da Comissão Técnica da Cachaça de Alambique, ressalta: “O IMA tem estrutura maior e mais capilar que o Mapa, o que deve trazer agilidade. Mas o setor precisa ficar atento ao risco de dupla fiscalização, já que a legislação federal continua em vigor.”
Neurimar José Pinto, da Coopercalc, cooperativa que reúne 25 produtores familiares e cerca de 2,5 milhões de litros por ano, destaca o papel do ATeG: “Antes pensávamos só em legalização; agora os produtores controlam custos, planejam e gerem seus negócios como empresas rurais. O IMA deve fiscalizar de forma equilibrada, inclusive o mercado clandestino.”
O produtor Ivam Caetano Costa, da Cachaça São Caetano, acredita que a lei estadual vai reduzir a concorrência desleal. Já Dárcio William da Silveira reforça: “O ATeG nos dá segurança para enfrentar desafios e manter a qualidade do produto.”
A Lei nº 25.424, sancionada em agosto, visa agilizar a regularização dos alambiques e valorizar o setor, fortalecendo a produção de cachaça em uma das regiões mais importantes de Minas Gerais.