Minas Gerais está entre os maiores produtores de mel no Brasil, e a história de José Luiz Lima de Faria no Sítio Amora, em Pará de Minas, é um exemplo de como essa atividade pode crescer quando tradição e assistência técnica caminham juntas. O produtor, que começou a lidar com colmeias ainda na infância ao lado do pai, viu o que antes era quase um hobby se transformar em uma atividade rural estruturada, com a ajuda da família e do Programa ATeG Apicultura do Sistema Faemg Senar.
A última conquista e também maior desafio, segundo José veio em 2024, quando decidiu encarar o processo da regularização sanitária. “Eu quase desisti, mas o apoio do ATeG e a paixão pela apicultura falaram mais alto”, conta. Com orientação técnica, reformas e organização da documentação, a agroindústria recebeu licença do IMA em tempo recorde, elogiada pela eficiência no cumprimento das exigências.
Os números também mostram a transformação: em apenas um ano, o faturamento cresceu 53%, mesmo com a queda no preço do mel. A produtividade, que tinha meta de 1,3 tonelada, chegou a 3,1 toneladas com menos de 100 colmeias. Hoje, esposa e filha ajudam no manejo e na gestão, e o produtor já vê a atividade como sua principal fonte de renda.
Para o técnico de campo, Brendo Oliveira Ferreira, o segredo está na dedicação da família e a união entre a assistência da apicultura e da agroindústria. “Eles vestiram a camisa, seguiram cada orientação e se tornaram referência para outros produtores da região”, afirma. Mais do que um caso econômico, a história de José Luiz mostra que a apicultura pode ser, para muitas famílias mineiras, sinônimo de futuro, renda e sucessão no campo.