Cantineiras escolares formaram maioria nas duas turmas do curso de Beneficiamento de verduras e legumes, realizado pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos na cidade de Porteirinha. As alunas aprenderam como aproveitar todo o potencial dos alimentos, receberam instruções sobre métodos para higienização e alternativas para garantir maior durabilidade e qualidade dos produtos.
“O treinamento mostra tudo isso, além da forma correta de corte e secagem e o uso de embalagens próprias. Este tipo de método garante mais de 100% de beneficiamento no valor final de venda da verdura ou legume, no caso do produtor que dedicar a este segmento, além de reduzir o desperdício em 50% ou mais”, explicou a instrutora Ana Chiristina Simões de Alencar Fernandes.
A capacitação envolveu 20 alunos no total, entre produtoras rurais e as cantineiras das escolas estaduais da cidade. A primeira parte do curso foi dedicada a temas sobre produção do alimento seguro, como boas práticas de fabricação, noções sobre contaminações e como manejar de forma correta. “Depois explicamos a importância nutricional, mostrando cada tipo de legume e verdura e, por fim, passamos para a parte do processamento mínimo destes alimentos. O objetivo é aumentar a vida útil dos produtos, de forma segura ao consumo”, completou a instrutora.
Apoio no trabalho
Somente na Escola Estadual Joaquim Marcelino da Conceição, sete profissionais responsáveis pela alimentação escolar foram capacitadas. “Estas profissionais trabalham diretamente na organização, armazenamento e preparação dos alimentos a serem servidos. A capacitação vem melhorar toda a oferta de alimentação aos alunos”, destacou Silvânia Soares Santos e Araújo.
A unidade, que atende 426 alunos divididos entre o ensino fundamental, médio e educação integral, realiza a aquisição de alimentos de agricultores da região através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Para a diretora, a capacitação fecha um ciclo em busca da promoção da segurança alimentar. “O PNAE enriqueceu as refeições, dando maior diversidade de produtos e controle da qualidade, uma vez que a gente dialoga diretamente com o produtor rural. Muitos destes produtores são pais de alunos. Temos este vínculo muito próximo, e o produtor se organiza para levar o que tem de melhor para a escola”.
Iudete Maria Pereira Souza e Maria Madalena dos Reis Silva são duas das cantineiras que foram alunas do curso. Com muitos anos de conhecimento prático na cozinha, elas se surpreenderam com os temas abordados e não veem a hora de participar de mais capacitações.
“Sou cantineira há 20 anos e o treinamento vai ajudar muito no ambiente de trabalho. Todos gostaram do curso. Aprendemos a conservar os alimentos melhor. Aqui recebemos a produção que vem da região, através do Programa de Aquisição de Alimentos, e vamos saber aproveitar melhor estes produtos” - Iudete Maria.
“Importante demais. A gente trabalha com as verduras que chegam da produção rural. O curso ensinou a manusear melhor estes alimentos, onde também aprendemos a forma de corte dos legumes mais adequada. Muitas pequenas ações do dia a dia da cozinha que a gente não sabia, foi possível aprender no curso” - Maria Madalena dos Reis Silva.