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A busca por qualidade dos produtores de queijo Canastra

BENCHMARKING
ESCRITO POR DENISE BUENO, DE PASSOS
04/11/2022 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR

Produtores integrantes do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Agroindústria Queijo Canastra participaram, na última semana, da reunião de apresentação dos resultados após um ano do trabalho. O Programa do Sistema Faemg Senar é desenvolvido no município em parceria com o Sindicato dos Produtores de São Roque de Minas e abrange produtores do município, de Vargem Bonita e de Piumhi.

O programa é gratuito e tem duração de dois anos. No primeiro ano, a legislação e organização das queijarias foi o enfoque do trabalho. No segundo ano, o trabalho será focado fortemente na comercialização do queijo maturado. 

O supervisor Cyro Campos (ao centro) e o técnico Júlio (à direita) na apresentação dos resultados

O ATeG tem contribuído com a cadeia produtiva do queijo Canastra no apoio técnico e gerencial aos queijeiros. Todo trabalho tem como foco a qualidade do produto e resultados gerenciais positivos para os produtores. O sucesso desse trabalho é conferido também nos concursos de queijos, nos quais, a cada dia, mais participantes do ATeG conquistam medalhas nacionais e internacionais.  

Grupo

“No diagnóstico das propriedades, observamos que, no grupo assistido, 47% dos produtores comercializam os queijos diretamente para o consumidor final e 53% vendem por meio de empórios e intermediários”, disse o técnico ATeG Júlio César Moreira.

Nesse primeiro ano de trabalho, 12 queijarias estão registradas no Sistema de Inspeção Municipal (SIM), uma no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) com o Selo Arte e seis queijarias ainda buscam a formalização junto a órgãos de inspeção.

Em um ano de trabalho, com o auxílio do técnico e contrapartida dos produtores, foram protocolados os processos de habilitação sanitária de quatro dessas seis queijarias. O Sistema Faemg auxiliou no desenvolvimento e confecção de toda documentação necessária, como memorial descritivo da construção, memorial descritivo econômico e sanitário, planta baixa e planta de situação.

Aprovados pelo Sistema de Inspeção Municipal (SIM), alguns produtores já executam o projeto da construção, como o produtor Kleber João Soares, que já está produzindo na sua nova queijaria, em Vargem Bonita. “Em um curto período teremos mais queijarias novas e habilitadas, produzindo um queijo de qualidade e com a devida segurança alimentar”, disse Júlio.

Qualidade

O primeiro ano de trabalho foi intenso, com atuação em alguns indicadores técnicos como o rendimento de produção, que analisa quantos litros de leite são utilizados para a produção de um quilo de queijo. Também foram analisadas as perdas de peso no queijo após o processo de maturação, que é de 14 dias para o queijo Canastra, conforme preconiza a legislação; os defeitos na fabricação com o estufamento precoce e tardio; e o controle da acidez do leite e do pingo.

Por fim, o grupo trabalhou os indicadores econômicos com renda bruta, ou seja, as receitas de comercialização dos queijos, custos operacionais efetivos, e o custo operacional total. “Com esses dados, o produtor tem um melhor controle da sua matéria prima, bem como do fermento (Pingo), uns dos principais ingredientes na produção do queijo Canastra, o custo de mão de obra, e a depreciação das estruturas e equipamentos”, concluiu o técnico de campo.