Novos membros, novo calendário, novos desafios e muita vontade de fazer acontecer. Assim foi a reunião da Comissão Técnica de Grãos do Sistema Faemg Senar realizada na tarde de quinta-feira (14/12), em Belo Horizonte. Depois de um ano parada, o retorno dos trabalhos foi comemorado pelo presidente da CT, Paulo Ribeiro de Mendonça Filho, que elencou, como principais desafios do grupo, as previsões climáticas para o ano que vem, questões entre seguradoras e produtores rurais e as políticas agrícolas para o próximo ano.
Paulo explica que os trabalhos da comissão foram adiados este ano a pedido dos próprios produtores, devido ao atraso das chuvas e o plantio. “A princípio, nossa preocupação para 2024 é o clima, por não sabermos como vai se encerrar a safra. Tem também os problemas entre segurados e seguradoras quando o clima não ajuda, por isso discutimos o seguro agrícola para a safra. E, por último, nos preocupam as políticas agrícolas para o próximo ano, pois não sabemos como ficarão os preços no mercado”, detalhou.
O assessor da Diretoria, Antônio Álvares, o Toninho de Pompéu, participou da reunião e destacou que, com o remodelamento das comissões técnicas, elas vêm obtendo mais resultados para os produtores rurais. “Com as mudanças de presidentes e de membros, estamos acompanhando um salto nas atividades das comissões, que são de suma importância para o Sistema Faemg Senar”, reforçou.
A próxima reunião ficou agendada para 6 de fevereiro do ano que vem, quando os membros trarão propostas de trabalho para a comissão. “Vamos fazer esse trabalho como se fosse um dever de casa. Que sejam muitas reuniões e possamos alavancar o trabalho deste grupo, que estava parado. Precisamos mostrar o que Minas Gerais tem de grãos, porque durante muito tempo o foco foi leite e café, mas temos muito mais riquezas para mostrar”, afirmou Paulo Mendonça.
Setor de peso
O noroeste de Minas Gerais é o maior produtor de grãos do estado e Paracatu, um dos principais municípios da região, é a maior área irrigada da América Latina, afirmou Paulo. “Somos também os maiores produtores de sementes do Brasil, e temos várias indústrias de peso na região, que é muito desenvolvida tecnologicamente também”, acrescentou o presidente da CT de Grãos, reforçando a importância do setor na economia local e estadual.
Para Paulo, que planta grãos e cria gado de corte em Paracatu, os principais desafios dos produtores de soja, milho e outros é conseguir encaixar a produção, devido aos fatores climáticos. “Já sabemos que, por isso, vários produtores já replantaram áreas e acionaram seguros, e temos relatos de que as seguradoras estão colocando empecilhos. Outro desafio que nos preocupa é a nova classificação da soja no mercado internacional - precisamos do apoio da nossa federação e dos governos estadual e federal”, concluiu.