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Com ATeG, produtores de cachaça buscam certificação

CACHAÇA DE ALAMBIQUE
ESCRITO POR IZABELLA MACHADO, ARAÇUAÍ
03/04/2025 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, INAES
Paulo César acompanha o cultivo na fazenda 

Apesar dos desafios regulatórios, os produtores de cachaça avançam na profissionalização e investem na qualidade da bebida centenária. Em Salinas, referência na produção, algumas propriedades ainda operam sem certificação sanitária, cientes de que a clandestinidade limita o crescimento e dificulta o acesso a mercados internacionais.

Por isso, para profissionalizar a produção de cachaça e garantir melhores condições de crédito, comercialização e qualidade, o Sistema Faemg Senar e o Sindicato dos Produtores Rurais de Salinas acompanham a regularização sanitária de cinco alambiques atendidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). A iniciativa foca na certificação exigida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e faz parte de um plano piloto que aposta em um processo mais ágil e acessível. “Com a regularização, o produto ganha mercado e faturamento, e o consumidor tem mais segurança ao escolher a cachaça do Norte de Minas", destaca Eduardo Vidal, técnico do ATeG.

Segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), em 2023, as exportações da bebida cresceram 8% em volume, movimentando US$ 17,4 milhões.
Após 25 anos afastado do campo, Paulo César Alves decidiu retomar o negócio da família, mas logo percebeu a necessidade de atualização para atender ao novo mercado. "Eu precisava ajustar a propriedade e encontrei no ATeG a melhor oportunidade", afirma.

Mais estrutura para atender o aumento da demanda pós-certificação 


Com o suporte do programa, a fazenda passou por uma reestruturação e incluiu o cultivo de novas variedades de cana-de-açúcar trazidas do Mato Grosso. Isso possibilitou triplicar a produção sem expandir a área plantada. "A qualidade da bebida melhorou muito. Estamos no caminho para um produto de alto padrão", destaca.
Até o momento, a expectativa é de que 60% dos produtores atendidos pelo ATeG Cachaça obtenham certificação até 2025. A regularização impulsiona a valorização da cachaça mineira no Brasil e no exterior. "É um passo essencial para consolidar a bebida como um produto premium e garantir que nossos produtores tenham mais oportunidades e rentabilidade", conclui Antunes.