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Frigoríficos destacam qualidade da carne como diferencial

CONACARNE
ESCRITO POR ASCOM
18/09/2025 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, INAES, FAEMG

No segundo painel, frigoríficos detalharam o que esperam: animal jovem, carcaça uniforme, acabamento correto, rastreabilidade e processos eficientes para ganhar mercado e valor. Mediado por Ângelo Poizel (UFR-MT/Redsoft), o debate contou com Alisson Navarro (Marfrig Global Foods), Thiago Bessa (Friboi/JBS) e Mariane Crespolini (Minerva Foods). Em comum, a mensagem: padronização, tecnologia e sustentabilidade são decisivas para abrir mercados, reduzir perdas e melhorar a rentabilidade de toda a cadeia.

A abertura trouxe um “raio-X” das carcaças abatidas no país e um chamado à padronização. A evolução da pecuária brasileira, com animais mais jovens e pesados, ainda convive com forte heterogeneidade na entrega ao frigorífico. “Já provamos que sabemos produzir mais. Agora, o que diferencia é produzir melhor e de forma constante: carcaças padronizadas, acabamento adequado e eficiência de ponta a ponta”, afirmou Ângelo Poizel, que defendeu o potencial da tecnologia para avaliação da qualidade e dos processos para aprimorar a eficiência.

Do lado da Marfrig, o diretor de Exportações Alisson Navarro destacou o avanço produtivo. ”Hoje abatemos animais mais jovens e pesados usando uma área menor do que há 20 anos. Essa evolução foi acelerada com o fator China, que introduziu o limite de 30 meses para abate. Combinamos genética, gestão e sustentabilidade. O foco agora é a qualidade e, quando falamos de qualidade, falamos de carcaça uniforme, idade e cobertura de gordura. E o cliente quer padronização e regularidade”.

Representando a Friboi/JBS, o gerente executivo de Originação de Bovinos, Thiago Bessa, reforçou que o Brasil é capaz de produzir a carne que o mercado exige desde que tenha planejamento e remuneração da cadeia. “Este trabalho de conscientização que estamos fazendo aqui muda tudo. Só há futuro se houver rentabilidade. E só se agrega valor à cadeia com reputação”, completou.

Encerrando o painel, a gerente executiva de Relações Institucionais da Minerva Foods, Mariane Crespolini, chamou atenção para o desafio de constância e volume com qualidade, além da dependência da China. “Somos líderes, mas ainda heterogêneos”. Ela destacou oportunidades abertas pelo menor rebanho nos EUA e na Europa e disse que é preciso comprovar a sustentabilidade como vantagem competitiva. “Não basta dizer que é sustentável, é preciso medir, certificar. Qualidade, com constância, volume, certificação e sustentabilidade, é estratégia de diversificação de mercado. É o futuro”.