A 53ª edição da Exposição Agropecuária de Barbacena aconteceu no último fim de semana e atraiu milhares de pessoas para o parque de exposições da cidade. Foram diversas atrações musicais, exposição de equinos, caprinos e bovinos, artesanato e venda de hortaliças produzidas na região. O Sistema FAEMG também esteve presente, com o apoio do Sindicato Rural de Barbacena, levando conhecimento e informação para o público presente.
Durante dois dias foram oferecidas oficinas de operações básicas de drones, apresentação de resultados dos grupos de ATeG da região, além de seminários que abordaram a qualidade do leite e a inseminação artificial em bovinos. Mais de 30 pessoas participaram dos módulos. O gerente regional do Sistema FAEMG em Juiz de Fora, Wander Magalhães, aproveitou a ocasião para ressaltar a atuação do Sistema. “A Exposição Agropecuária de Barbacena é um momento ímpar para a divulgação do nosso trabalho, cursos e treinamentos. Com essas oficinas, a gente fomenta oportunidades para o homem do campo se capacitar melhor. A gente procura sempre atender às demandas do produtor”.
A mobilizadora do Sindicato Rural de Barbacena, Iracema Flisch, disse que gostou do engajamento do público durante os dias em que esteve no estande. “Tivemos dois dias muito intensos, com quatro oficinas de drone, dois seminários e apresentação do ATeG de olericultura e de bovinocultura de leite. No sábado também tivemos uma apresentação da FAEMG Digital, levando informações sobre energia solar”.
Seminários e apresentação do ATeG
O Sistema FAEMG também aproveitou a oportunidade para demonstrar para o público os números dos grupos de ATeG desenvolvidos na região, além de levar aprendizado com seminários que abordaram qualidade do leite e inseminação artificial de bovinos. Aloisio Campos, técnico do ATeG Balde Cheio, apresentou o programa para os presentes. “Mostramos como funciona o ATeG, trouxemos resultados do grupo que tivemos entre 2019 e 2021, além de apresentar um caso de sucesso. Ele planejou aumentar a produção e, com isso, nós aumentamos sua renda”.
O médico veterinário e instrutor do SENAR, Zilberto Pereira, ministrou o seminário sobre inseminação artificial. “Falamos sobre os benefícios, custos e condições necessárias para executar. Dos avanços na inseminação nos últimos anos, como o uso de sêmen sexado, e protocolos para induzir a ovulação”. Ele também abordou aspectos necessários em uma propriedade para que a técnica obtenha sucesso. “São necessários alguns requisitos mínimos, como um local de contenção e manejo do animal, estrutura física, mão de obra especializada e treinada, além de gerenciamento. Toda a parte de organização, identificação do animal, manejo sanitário adequado, e controle de doenças, principalmente as reprodutivas”.
Lorrana Marçal, estudante de medicina veterinária, acompanhou tanto a apresentação de ATeG quanto o seminário. Para ela, essa foi uma grande chance de aprender, além de ficar mais próxima da área que ela tem interesse de atuar. “Meu objetivo na veterinária é estudar os animais de grande porte, então qualquer conhecimento como esse, para mim, é excelente. Eu já faço estágio em reprodução, e aqui pretendo conseguir mais conhecimento. Eu fico sempre muito feliz de poder aprender”.
Oficinas de drone atraem o público
Cleverson Pires foi o instrutor das quatro oficinas sobre manuseio de drones, além de certificados e legislações a respeito do tema. Ele ressaltou que demonstrou tudo desde o início, inclusive tirando a autorização de voo no local antes de tirar o drone do chão. “A gente começa do zero, com conhecimentos básicos, onde apresentamos os princípios do planejamento de voo automatizado, operação, configuração, legislação, acompanhamento de aspectos climáticos”.
O drone pode ser utilizado de diversas maneiras em propriedades rurais. Uma das mais comuns é o mapeamento da área, auxiliando na medição do local, no entendimento do relevo e possibilitando a identificação de doenças na lavoura. Foi atrás desse tipo de solução que Arthur Bernardes e Celso Campos vieram participar da oficina. Eles são pai e filho, e tem uma propriedade rural. Além de buscar economia na produção, eles querem se inteirar de novas tecnologias, para melhor aplicação de defensivos agrícolas. “Essa tecnologia veio para revolucionar e é uma realidade, não tem como pensar o campo sem isso”, disse Arthur.
Para Celso, as motivações para procurar a oficina foram duas: primeiro, a preocupação ambiental, utilizando opções menos danosas ao meio ambiente; além disso, ele, que também é médico, veio em busca de soluções que diminuam os riscos ocupacionais dos trabalhadores de sua propriedade. “Estamos em busca de cumprir as normas técnicas, usando EPI’s mais seguros. O drone seria uma opção muito válida para evitar intoxicação de funcionários, por exemplo, além de ser uma boa opção para reduzir custos”.
Além do uso para agricultura, o drone pode oferecer diversos benefícios para áreas rurais. Luís Cimino é sargento do corpo de bombeiros militar de Barbacena e foi convidado a participar da oficina e ressaltou as diversas formas como o equipamento pode auxiliar no trabalho da corporação. “Ajudaria muito em mapeamento de área de risco, busca e resgate de pessoa desaparecida, fazer o mapeamento de uma pedra onde seja necessário salvamento. Existe, inclusive, a possibilidade de enviar suprimentos para efetuar atendimentos de emergência”.
Próximos eventos
O estande do Sistema FAEMG ainda vai trazer mais benefícios para a região. Em julho ele vai estar na Exposição Agropecuária de Madre de Deus de Minas, levando informação e conhecimento ao produtor rural.
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