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Indicadores regionais do agronegócio mineiro

ECONOMIA
ESCRITO POR ASTEC
25/05/2022 . SISTEMA FAEMG

Dois estudos da Fundação João Pinheiro (FJP) foram apresentados em debate com o subsecretário da SEAPA, João Ricardo Albanez, nesta quarta-feira (25), pelo Youtube.

O primeiro estudo trouxe a especificação dos indicadores: multiplicadores de produção, índice de dispersão e índice puro de ligação normalizado das regiões geográficas intermediárias.

Foram apresentadas as regiões do estado que tiveram maior avanço no desenvolvimento do agro e as atividades produtivas que tiveram destaque com maior multiplicador (capacidade de impulsionar a economia local), seja na atividade núcleo ‘agricultura’, ‘pecuária’ e ‘exploração florestal, silvicultura e pesca’, seja na ‘agroindústria’. Também foi avaliada a cadeia produtiva a montante.

Em 2019, das 13 regiões intermediárias de Minas Gerias, 4 representaram mais de 50% do valor adicionado pela agropecuária, são elas: Patos de Minas, Uberaba, Varginha e Uberlândia, com destaque para os produtos café, soja, cana-de-açúcar, milho, bovinos e carvão vegetal.

Já na ‘agroindústria’ percebeu-se a predominância de atividades e produção gerada pela ‘indústria de alimentos’. No ano de 2019, as regiões intermediárias de Belo Horizonte, Uberlândia e Uberaba representaram mais de 55% do valor adicionado.

No 2º estudo, foram analisadas as exportações e importações do agro, utilizando como alternativa de análise dos fluxos de comércio internacional a segmentação da ‘classificação por grandes categorias econômicas’ (CGCE) da agropecuária e da agroindústria por bens de consumo, bens de capital, bens intermediários e combustíveis e lubrificantes. Assim, foi possível perceber a importância e a interconexão do produto exportado/importado pelas regiões intermediárias no seu desenvolvimento. Ponto chave do estudo, a identificação relativa ao segmento a montante da cadeia produtiva do agronegócio: máquinas e equipamentos agrícolas e para a agroindústria e adubos (fertilizantes), como sendo potenciais de serem mais fomentados em Minas Gerais.
 

Na oportunidade, o moderador subsecretário da SEAPA, João Ricardo Albanez, instigou os pesquisadores quanto à valorização e reafirmação da importância dos produtos considerados commodities, que são a vocação produtiva de muitas das regiões mineiras, conforme foi apresentado no estudo. Destacou, ainda, que os estudos são muito importantes para que o estado busque agregar políticas públicas par ao setor.

Os estudos são referências para o trabalho e direcionamento de políticas públicas para o desenvolvimento regional e do nosso estado como um todo. Especialmente, para o fomento das atividades produtivas que se sobressaem nas localidades, mas, mais ainda, para o direcionamento para diversificação produtiva e formalização dos agentes das cadeias produtivas e para agregação de valor, com a agroindustrialização. Somado-se a isso, faz-se, cada vez mais necessário o investimento direto na melhoria da infraestrutura e desburocratização, de modo que as regiões que apresentaram indicadores mais baixos consigam avançar e termos, no todo do estado, crescimento do PIB do Agronegócio.” - Aline Veloso, assessora econômica. 

 

Veja o webinar:

Fontes:

- CADEIA PRODUTIVA DO AGRONEGÓCIO E SUA CAPACIDADE DE IMPULSIONAR O CRESCIMENTO REGIONAL EM MINAS GERAIS

http://fjp.mg.gov.br/wp-content/uploads/2022/01/23.03_Inf_CAIP_MIP_01_2022.pdf

- COMÉRCIO INTERNACIONAL DA CADEIA PRODUTIVA DO AGRONEGÓCIO DE MINAS GERAIS: REGIÕES GEOGRÁFICAS INTERMEDIÁRIAS

http://fjp.mg.gov.br/wp-content/uploads/2022/03/26.04_Caip_Comex_v.4-n.3.pdf