Instituto quer liderar agenda de inovação no campo mineiro
O Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes), entidade ligada ao Sistema Faemg Senar, deu início a uma nova etapa rumo ao seu reposicionamento institucional. Com o apoio técnico da consultoria Flow, estão sendo conduzidas entrevistas com representantes do setor agropecuário e do ecossistema de inovação. A escuta ativa marca o ponto de partida para a construção de um programa robusto voltado ao desenvolvimento do campo mineiro e atendimento às demandas dos produtores rurais.
Segundo Renato Laguardia, presidente do Inaes e vice-presidente do Sistema Faemg Senar, o objetivo é ambicioso: consolidar o instituto como referência em soluções para os principais desafios da agropecuária. “Estamos buscando entender como o Inaes é percebido atualmente e qual o seu potencial de atuação futura, tanto dentro do Sistema quanto no ambiente mais amplo da agropecuária, da ciência e da tecnologia”, afirma.
De acordo com consultora Heloísa Menezes, o processo de entrevistas contempla lideranças dos diversos elos da cadeia produtiva, presidentes de sindicatos, especialistas e outros públicos relevantes. “Queremos mapear oportunidades, identificar gargalos e captar sugestões que orientem esse reposicionamento. Já nesse início, ficou evidente a expectativa de que o Inaes assuma uma posição de liderança, articulando parcerias e conectando as diferentes casas do sistema agropecuário em torno da inovação”, destaca.
A iniciativa prevê a elaboração de um plano estratégico consistente, com projetos que possibilitem a captação de recursos e a formalização de parcerias com empresas e instituições de interesse. “A inovação precisa ir além. Ela deve ser direcionada à solução de problemas reais das cadeias produtivas, com base em diagnósticos bem estruturados”, completa a consultora.
Entrevistas
As primeiras entrevistas foram realizadas com a diretoria do Sistema Faemg Senar e do próprio Inaes. O presidente do Sistema, Antônio de Salvo, enfatizou a importância de compreender, com profundidade, os problemas prioritários do agro mineiro. “Qualquer programa de inovação deve começar com um diagnóstico claro dos gargalos do setor. Só assim será possível mobilizar recursos e atrair parcerias com empresas dispostas a investir em soluções para o campo”, afirma.
“Vejo esse momento como uma oportunidade de reposicionar o Inaes não apenas como executor de projetos, mas como agente provocador de transformação no agro. Inovar, para nós, é mais do que aplicar tecnologia, é gerar impacto real a partir de conhecimento, escuta qualificada e articulação inteligente com quem está no campo”, acrescenta o gerente executivo do Inaes, Bruno Rocha.
A fase atual será sucedida pela elaboração de um relatório de oportunidades para o Inaes, o mapeamento de stakeholders e ecossistemas de inovação, e a formulação de projetos estruturantes. O processo, com duração estimada de até 12 meses, busca fortalecer o papel do instituto como catalisador de inovação no meio rural, promovendo mais competitividade para o agro mineiro.