A solenidade de encerramento do 1º Exercício Simulado de Atendimento a Foco de Febre Aftosa de Minas Gerais reforçou o compromisso do Governo do Estado junto aos seus parceiros, como o Sistema Faemg Senar, em trabalhar para manter o agro mineiro como exemplo de qualidade para o mundo. As ações do simulado foram realizadas em Montes Claros ao longo dos últimos dias, reunindo mais de 200 agentes sanitários, entre servidores do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e de outros órgãos correlatos de mais 21 estados.
“Não é novidade que o agro mineiro segue crescendo, batendo recordes. E estar livre da febre aftosa significa acesso a mais mercados. Muitos países do mundo só importam carne de áreas livres de vacinação, o que também significa melhor valor para a carne do produtor de Minas Gerais. É motivo de orgulho para todo mineiro saber que nós temos um estado que atende as mais altas exigências de normas sanitárias de qualquer país do mundo”, destacou o governador Romeu Zema.
Com o último caso de febre aftosa em 1996 e diversas ações de controle sanitário ao longo dos anos, Minas Gerais conquistou o reconhecimento nacional como zona livre sem vacinação em 2024 e, neste ano, recebeu a certificação internacional concedida pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).
“O Brasil tem um rebanho de aproximadamente 240 milhões de cabeças, e Minas Gerais algo em torno de 10% deste rebanho. Então, é fundamental que o Governo de Minas pense em uma ação tão importante como este simulado, que nos prepara para uma eventualidade. Este é mais um trabalho de valorização da pecuária mineira e brasileira, fortalece a cadeia produtiva e nos dá mais possibilidade de conquistar novos mercados. O Sistema Faemg Senar seguirá apoiando, junto dos nossos sindicatos de produtores rurais”, pontuou Ebinho Bernardes, que esteve presente na cerimônia de encerramento do simulado, que teve o apoio do Sistema Faemg Senar.
Como funcionou
Dentro das ações do Exercício Simulado, em que um falso foco de febre aftosa foi investigado, foram inspecionadas 169 propriedades rurais e um total de 3.774 animais no Norte de Minas, com os trabalhos coordenados pelo IMA como ferramenta essencial para testar a capacidade de resposta do Estado diante de uma emergência sanitária, garantindo agilidade e eficiência na contenção de eventuais surtos.
Divididos em várias estações de trabalho, os participantes recebem treinamentos práticos dentro de um panorama de falso foco de febre aftosa, exigindo dos participantes ações pontuais em cada fase do exercício. “Tivemos atividades teóricas e atividades práticas para a harmonização da informação de todo o conhecimento dos servidores do IMA, para fortalecer o serviço de defesa agropecuária do estado para situações de emergências”, explicou André Almeida, diretor técnico do IMA.
A ação contou com o uso de drones, veículos, computadores, equipamentos laboratoriais e um aplicativo desenvolvido especialmente para emergências sanitárias. A partir da notificação do caso suspeito simulado, os fiscais sanitários foram à propriedade para coletar amostras de animais com sinais clínicos característicos, como febre, aftas na boca e nas patas, salivação excessiva, claudicação (manqueira) e queda na produção de carne e leite.
“A gente pôde acompanhar de perto essa operacionalização, quais são as demandas do nosso serviço de defesa, para que prestemos o maior apoio possível no controle do foco da doença, tendo o produtor como uma peça-chave nessa identificação. Muitos produtores hoje desconhecem a doença, já que estamos livres dela há tantos anos. Então, foi muito legal acompanhar esse trabalho de vigilância, entender como o Sistema Faemg Senar pode fortalecer as suas ações, para que permanecemos com o nosso rebanho livre de febre aftosa sem vacinação”, destacou Mariana Simões, analista de agronegócio do Sistema Faemg Senar que acompanhou todos os dias do exercício simulado.
