Produtores de Bom Despacho e região conheceram durante a 50ª ExpoBom a Novo Agro Ventures e suas oportunidades de investimentos em startups, que visam soluções tecnológicas para o produtor rural. A iniciativa, que é um braço do Sistema FAEMG, por meio do INAES (Instituto Antônio Ernesto de Salvo), procura acelerar o uso das tecnologias no campo em vários segmentos. Em Bom Despacho, três empresas participaram da exposição: Climacta, Pecuária Brasil e RuhWater.
Para João Victor Menino, que coordenou os trabalhos em Bom Despacho, a exposição foi um bom espaço para conexões, apresentando soluções para o campo, permitindo que cada vez mais o agronegócio alcance todo o seu potencial de inovação e produtividade, simplificando os processos para o produtor rural e a agroindústria por meio de tecnologias cada vez mais acessíveis.
Climacta
A startup tem como foco o controle de pragas e doenças através das informações das condições climáticas. Com o uso de nanosatélites, a análise do grupo prevê a precisão do tempo e a umidade ideal do solo, proporcionando a organização do manejo das culturas, para a aplicação de defensivos e fertilizantes.
“Se prever o tempo de amanhã está cada vez mais complicado, podemos apostar que os insumos para proteger a lavoura estarão mais caros. A solução da Climacta vem trazer mais inteligência para esse processo, utilizando registros climáticos gerados por satélites - em tempo real e automaticamente - para determinar a favorabilidade climática da ocorrência das doenças que atacam os cultivos”, disse o sócio fundador, Victor Balbi.
Pecuária Brasil
A proposta é oferecer aos produtores um software de manejo e gestão para pecuária de leite, corte, ovinos e caprinos. O programa, desenvolvido por um veterinário, contempla o manejo do rebanho, a evolução genética e a gestão da propriedade, com informações de investimento e trabalho para curto, médio e longo prazo. O criador do software está há 22 anos no mercado e observou a necessidade e a oportunidade para o produto. “O software facilita o trabalho do técnico, automatiza todo o processo, projeções futuras, operacionais, estratégias e a parte tática, imediata, a curto e longo prazo”, disse a representante comercial, Andreia Cristina de Carvalho.
RuhWater
Mensurar as capacitações e a disponibilidade hídrica de forma automatizada para os produtores rurais é a proposta da startup. O uso da água, controlado por outorga, é um dos registros que o produtor faz manualmente, mas que poderá ser automatizado com um simples equipamento criado pela empresa. “O produtor precisa atender às condicionantes do estado sobre a quantidade de água que pode retirar da sua propriedade. Esta análise é verificada pelo IGAM [Instituto Mineiro de Gestão das Águas]. A empresa criou um dispositivo para facilitar esse trabalho de medição de cota, de vazão, de chuvas entre outros”, detalhou Mardey Rodrigues, diretor geral da empresa.