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Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra

IBGE
ESCRITO POR ASCOM
18/03/2021 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, FAEMG
Imagem: CNA

O IBGE divulgou nesta quarta-feira (17), pela primeira vez, o Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra com estatísticas desagregadas por Estados e Distrito Federal, com dados para os anos de 2000, 2010, 2012, 2014, 2016 e 2018. A contabilidade de cobertura e uso da terra já era divulgada, em nível nacional, para estes mesmos anos de referência, sendo que os dados mais recentes, de 2018, foram divulgados no ano passado. Os produtos incluem mapas, gráficos e textos de análise.
 
Os resultados contábeis são apresentados no formato de planilhas, com tabelas de Estoques (adições e reduções, em termos de área, para os tipos de cobertura e uso durante um determinado período contábil) e Matrizes de Mudanças (conversões entre as diferentes classes ao longo de um período). Já os mapeamentos, que expressam o fenômeno de forma geoespacial, permitem a análise das conversões de uso da terra ao longo do tempo e do espaço, e podem ser avaliados de forma combinada com outras informações ambientais, para uma ampla compreensão dessa evolução. Os dados também estão disponíveis na Plataforma Geográfica Interativa.
 
“A contabilidade da cobertura e uso da terra por estados permite uma análise mais detalhada dessa dinâmica, tornando-se, assim, uma importante ferramenta, tanto para gestores estaduais, como para instituições de pesquisa com atuação local ou regional, já que revelam dinâmicas associadas ao avanço das fronteiras agrícolas, a demanda por matérias primas e a expansão da atividade pecuária, entre outras atividades correlatas”, explica Fernando Peres, Gerente de Recursos Naturais da Unidade Estadual do IBGE em Santa Catarina.

Área de silvicultura de MG representava mais de 20% do total nacional em 2018

Entre 2000 e 2018 a dinâmica das mudanças das classes de cobertura e uso da terra em Minas Gerais apresentou grande variabilidade. Entretanto, algumas podem ser destacadas. Entre elas está a substituição de vegetação campestre por áreas agrícolas, silvicultura, pastagem com manejo e mosaicos campestres e a expansão da agricultura sobre áreas anteriormente ocupadas por pastagem com manejo.

Em Minas Gerais, entre 2000 e 2018, observou-se a expansão de 52,41% (17.348 km²) da área agrícola e a área de silvicultura apresentou crescimento de 55,33% (7.032 km²), o segundo maior incremento absoluto entre os estados brasileiros. O maior aumento de área dedicada à silvicultura, no período de 2000 a 2018, entretanto, foi registrado no Mato Grosso do Sul (7.545 km²), que abrangeu 12,47% da área de silvicultura do Brasil em 2018, a segunda maior área dessa classe de uso entre as unidades da federação.

Em 2018, Minas Gerais apresentava a maior área de silvicultura do país, representando 22,97% do total do território nacional ocupado por essa classe de atividade. 
Já São Paulo representava 15,24% da área agrícola e 11,96% da área de silvicultura do Brasil, sendo, respectivamente, o segundo e o terceiro maior valor entre as unidades da federação em 2018.  
 
Minas Gerais – Mapa Cobertura e Uso da Terra, 2018

 

 

Comentário Sistema FAEMG/SENAR/INAES
 
Aline Veloso
Coordenadora da Gerência Técnica

 
“O estudo do IBGE permite acompanhar as mudanças nas formas de ocupação e organização do espaço e fornece subsídios para outras análises, especialmente de planejamento e ordenamento territorial e de contabilidade ambiental. Especificamente para Minas Gerais, em 2018, o avanço da ‘área agrícola’ e da ‘silvicultura’ reforça a diversidade agrícola do estado e a implementação de boas práticas pelos produtores.”
 
 
 
 
Ana Paula Mello 
Coordenadora da Gerência de Meio Ambiente

 
“A expansão da área agrícola, embora pareça alta pelo percentual, não representa nem a metade da área da Zona da Mata mineira. Parte desse aumento ocorreu em áreas de pastagem. Essa informação, aliada ao incremento da silvicultura e do uso do componente arbóreo nas propriedades, indica que o produtor rural tem, de fato, se preocupado com o meio ambiente, com ações positivas de manejo e com o cumprimento do Código Florestal. Os produtores guardam em suas propriedades o equivalente a quase o dobro da área da Escócia (país que sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas neste ano). O Sistema FAEMG/SENAR/INAES continua apoiando essas ações para tornar as propriedades cada vez mais sustentáveis.”