A startup RuhWater, incentivada pela Novo Agro Ventures, do Sistema Faemg Senar, está desenvolvendo um trabalho importante para o meio ambiente em Unaí, no Noroeste do estado. A empresa está instalando estações telemétricas na bacia do Ribeirão Soberbo para mensurar as capacitações e a disponibilidade hídrica do manancial. A tecnologia vai auxiliar os produtores nas medições obrigatórias do uso da água.
“O uso da água, controlado por outorga, é um dos registros que o produtor faz manualmente, mas que pode ser automatizado com o equipamento que criamos. O produtor precisa atender às condicionantes do estado sobre a quantidade de água que pode retirar da sua propriedade. Esta análise é verificada pelo Instituto Mineiro das Águas (Igam)”, explica o diretor geral da RuhWater, Mardey Rodrigues.
O projeto de instalação das estações de telemetria foi desenvolvido pelo Igam e executado com recursos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) - por meio da plataforma Semente, que disponibiliza verbas para projetos socioambientais - e do produtor local Paulo Veloso, grande apoiador e incentivador do projeto. “A partir do projeto do Igam, a RuhWater já instalou quatro estações para monitorar a quantidade de água e o fluxo residual da bacia hidrográfica. Em um segundo momento, esses dados vão integrar o Sistema de Monitoramento Remoto das Águas, desenvolvido pelo Igam em parceria com a Universidade Federal de Tocantins”, destaca o presidente do Igam, Marcelo Fonseca.
Visita técnica
Na quarta-feira (8), uma comitiva do projeto realizou uma visita técnica nas quatro estações já instaladas, observando os equipamentos e o funcionamento do sistema de medição. Participaram do encontro o diretor geral da RuhWater, Mardey Rodrigues; o presidente do Igam, Marcelo Fonseca; representantes da plataforma Semente do MPMG; além de produtores da região.
“Com o envolvimento da RuhWater, incentivada pelo Sistema Faemg Senar, por meio da Novo Agro Ventures, estamos ampliando a rede de monitoramento desta bacia, que é bastante crítica. A região tem uma grande demanda hídrica, sendo considerada uma área de conflito. Uma das grandes dificuldades nas áreas de conflito é monitorar a quantidade de água que efetivamente corre nos corpos hídricos. Por isso, estamos fazendo um trabalho fundamental”, ressalta o presidente do Igam, Marcelo Fonseca.
Já a gerente de Sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Ramos, destaca que este é um exemplo a ser seguido em outras regiões do estado. “Esta é uma das atribuições do Sistema Faemg Senar, levar ao produtor rural soluções por meio de tecnologias. O trabalho feito pelo Igam e MPMG, com apoio da RuhWater, facilita o cumprimento da legislação ambiental e minimiza os impactos dos conflitos pelo uso da água. Realmente um arranjo de sucesso a ser replicado por todo o estado”.