O Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Café+Forte e os cursos oferecidos pelo Sistema Faemg Senar foram o impulso que o casal de cafeicultores Leandro e Dalila Lemos de Oliveira Andrade precisava para investir em cafés especiais. A marca Café Dalila, da variedade Catucaí 2SL, foi criada há três meses e integrou o time de expositores do Empório do Sistema Faemg Senar durante a Semana Internacional do Café (SIC), promovida em novembro, em Belo Horizonte.
Desde o casamento, há 15 anos, o café é a única fonte de renda da família, que inclui três filhos. Atualmente, eles possuem uma área de 27 hectares, com 100 mil pés de café, no município de Tapiraí, na região de Campos Altos, no Alto Paranaíba.
Foi no curso de Classificação e Degustação de Café do Senar, há dois anos, que o casal descobriu o potencial que tinha na lavoura. “Nós levamos nosso café e o instrutor provou e pontuou com 84 pontos. Ali, nós vimos que era possível produzir cafés especiais e que nosso produto tinha qualidade. Depois fizemos o curso de Torra e, no ano passado, entramos para o programa ATeG. Com as orientações que recebemos, vimos que era o momento de dar o pontapé para lançar a nossa marca”, destacou o casal.
A marca já conta com perfil no Instagram (@cafe.dalila), onde são compartilhadas informações diversas, desde as mudas até o modo de preparo do café, além de curiosidades do dia a dia da família. A participação na SIC também contribuiu para a divulgação do produto. “Foi muito positivo, fizemos vários contatos e trocamos ideias com outros produtores”, avaliou Dalila.
Com a marca própria, o casal de cafeicultores espera ampliar o mercado. “Antes, a gente não sabia que o nosso café tinha este potencial e não brigava tanto pelo preço. Agora, queremos abrir mais possibilidades no mercado pela qualidade do nosso produto”, ressaltou. A criação do Café Dalila também é um incentivo para que os filhos deem continuidade ao trabalho, no futuro. “Eles estão sempre brincando na lavoura e devem seguir os mesmos passos. Queremos mostrar a eles que a qualidade faz, sim, a diferença, e a importância de correr atrás de novos horizontes”, ressaltou Dalila.
Assistência Técnica
O técnico de campo do ATeG Café+Forte na região de Campos Altos, Antonio Sergio de Souza, destacou que o empenho e o envolvimento da família no sistema de produção têm feito a diferença e, neste primeiro ano de assistência, eles já colheram resultados. “Vejo muito profissionalismo neles, em querer buscar uma produção com qualidade. Eles têm força de vontade e um grande zelo pelo sistema de produção. Sempre buscam novas informações e o programa veio para somar neste aprendizado, trazendo orientações agronômicas e gerenciais. Além de abrir portas para participarem da SIC, onde tiveram um contato direto com os consumidores, entendendo as demandas que envolvem o café especial. A família é um retrato do sucesso do programa”, afirmou.
O casal de cafeicultores ressaltou que o programa ATeG Café+Forte trouxe uma nova visão para o negócio rural. “Começamos a ter um olhar mais apurado, com melhor controle dos custos de produção e dos investimentos que podemos fazer. A assistência também ajuda bastante na parte técnica, especialmente com o controle de pragas e doenças”, finalizaram.
Para o gerente regional do Sistema Faemg Senar, Ricardo Tuller, é uma satisfação ver os produtores alcançando suas metas, com o suporte do programa ATeG. “Nossas equipes atuam de acordo com a realidade de cada propriedade e isso tem contribuído para o sucesso do programa. Neste caso, a assistência também auxiliou o casal de cafeicultores no direcionamento para a divulgação do produto, como na participação na SIC”, comentou.