O Sistema Faemg esteve presente, na manhã desta quarta-feira (28/9), no seminário virtual para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27), que acontece em novembro, no Egito. A partir do encontro, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), será elaborado um documento técnico para levar o posicionamento dos produtores rurais nas negociações do Acordo de Paris e mostrar as ações da agropecuária brasileira que conciliam produção de alimentos com sustentabilidade ambiental.
“Destaco dois pontos importantes. O primeiro é a iniciativa da CNA tomando a frente do produtor rural brasileiro, para que a gente tenha uma representatividade boa na COP -27. O segundo diz respeito à participação de Minas, ainda que com uma delegação pequena, mas que estará atenta a todos os pontos, checando se não vamos retroagir em nenhuma das pautas que estão sendo discutidas esse ano. O encontro de hoje foi uma primeira reunião que teve um bom nivelamento, mostrando a importância de continuarmos atentos às questões ambientais que afligem não somente Minas Gerais, mas o Brasil como um todo”, diz o presidente do Sistema Faemg, Antônio Pitangui de Salvo.
Para a assessora de Sustentabilidade do Sistema Faemg, Ana Paula Mello, a pauta climática tem impulsionado diversos comportamentos, muitas vezes divergentes, no âmbito de países, governos locais e setor produtivo. “Por isso, a Faemg está atenta às pressões dirigidas à moderna agropecuária tropical, que alimenta o mundo, bem como às oportunidades para o produtor, e ainda para mostrar a sustentabilidade do setor, ímpar no mundo”, destaca.
“E os produtores rurais mineiros têm grande importância nos resultados que serão levados, pois eles preservam cerca de 80% da vegetação nativa do estado em seus imóveis rurais, de acordo com dados do Cadastro Ambiental Rural”, complementa a gerente de Sustentabilidade, Mariana Ramos.
Sistema Faemg participa de seminário virtual preparatório para a COP-27
Palestras
O presidente da CNA, João Martins, abriu o evento ressaltando que ele representa o início de uma jornada rumo aos objetivos do acordo mundial sobre as mudanças climáticas, que irá pautar o desenvolvimento econômico, social e ambiental do mundo nas próximas décadas. “Temos o grande desafio de retomar o crescimento econômico pós-pandemia, para garantir segurança alimentar e energética com menor emissão de gases de efeito estufa. Este cenário, apesar de impor pesadas obrigações, também acena com oportunidades para o Brasil, que é um país gigante em biodiversidade e sustentabilidade, particularmente da atividade agropecuária, que se adequa à mais rigorosa legislação ambiental e pratica uma agricultura de baixa emissão de carbono”, ressaltou.
A programação contemplou as palestras “Como chegamos à COP-27: o racional do Acordo de Paris”, proferida pelo sócio-diretor da Agroícone, Rodrigo Lima, “O multilateralismo climático e o estágio atual das negociações”, proferida pelo diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Leonardo Cleaver de Athayde, e “Acordo de Paris: objetivos, as contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), Adaptação e Mercado de Carbono”, proferida pelo secretário de Clima e Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente, Marcus Henrique Morais Paranaguá.
“Mais uma vez vamos participar da COP-27 com o protagonismo à altura da importância do agro brasileiro, tanto para a economia nacional, quanto para a sustentabilidade ambiental, para a segurança alimentar do Brasil e do mundo. E vamos mostrar a grande contribuição do produtor rural brasileiro para a sustentabilidade do planeta. Vamos mostrar o seu esforço em construir uma agropecuária baseada em incorporação de novas tecnologias, aumento de produtividade e diminuindo a pressão sobre o meio ambiente”, encerrou o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Muni Lourenço.