Após um ano de trabalho, um grupo de 30 cafeicultores assistidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte reuniu-se no município de Água Boa, no Vale do Rio Doce, para a reunião de benchmarking, que é o processo de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas.
Na ponta do lápis, os números apresentados são fantásticos. “A renda bruta, que antes era de pouco mais de R$ 718 mil, subiu mais de 50%. O lucro, que era de aproximadamente R$ 161 mil, aumentou quase seis vezes e saltou para cerca de R$ 927 mil. O rendimento por cada saca de café saiu de R$ 57,75 e subiu para R$ 231,32. E, se antes, a cada R$ 1 investido, apenas R$ 1,29 retornava para o bolso do produtor, agora, depois do ATeG Café+Forte, o retorno subiu para R$ 2,21. Realmente os números são impressionantes”, avalia o técnico de campo Francy Alves.
Antes mesmo do encerramento do ano, o cafeicultor Odirley Lopes de Meira, um dos participantes, já havia diagnosticado uma guinada na produção de café. Há um ano ele resolveu participar do ATeG Café+Forte e viu seu lucro aumentar para mais de 500%.
“Foi uma coisa de Deus nas nossas vidas. Tudo que aprendemos com os cursos do Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos foram de suma importância para que pudéssemos melhorar consideravelmente a nossa produtividade e a nossa lucratividade. Depois de tudo que aprendemos e da assistência técnica que recebemos do Francy, nossa propriedade se transformou em uma pequena empresa rural”, afirma.
O supervisor do ATeG Café+Forte na região, Sebastião Brinate, esteve na reunião e também se impressionou com os números apresentados. “Os resultados foram fantásticos. Muito surpreendente porque foi apenas o primeiro ano de trabalho do Francy com os cafeicultores e logo de cara ele conseguiu uma adesão muito grande dos produtores. Isso ficou nítido no olhar, na expressão de cada produtor ao ver os resultados. Avalio o trabalho como excelente, porque já conseguiu acrescentar e melhorar muito na qualidade de vida e na condição das famílias ali de Água Boa”, declarou.
“Notícias como essas no final do ano chegam como um presente para nós, do Sistema FAEMG. Esse é o nosso papel, investir no crescimento e na melhoria da qualidade de vida do homem do campo. Esse fechamento foi muito positivo, se compararmos com a situação antes do início do ATeG Café+Forte. Os participantes são todos agricultores familiares com menos de 10 hectares por propriedade, mas demonstram uma vontade de crescimento enorme e isso é gratificante para todos nós”, garante o gerente regional do Sistema FAEMG em Governador Valadares, Luiz Ronilson Araújo Paiva.