Prestes a completar um ano de estágio no Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Agroindústria em São Roque de Minas, Domênica Augusto dos Santos é só elogios ao programa e à experiência que tem vivido junto ao técnico de campo Júlio César Moreira. Aluna do curso de Engenharia de Alimentos pelo Instituto Federal de Bambuí, essa paulista de Campinas se apaixonou pela vivência com o produtor rural e pela produção do queijo Canastra - tanto que o seu trabalho de conclusão do curso (TCC) será sobre esse segmento.
Domênica entrou para o estágio no ATeG Agroindústria através de um edital publicado pela faculdade, que oferecia a oportunidade em parceria com o Sistema FAEMG. “Fiz o processo seletivo e confesso que não imaginava que realmente daria certo, mas hoje já estou perto de completar um ano como estagiária e sei que foi a melhor experiência profissional que poderia ter”.
No programa de estágio ela participa de todos os procedimentos junto ao produtor, tanto na parte técnica, quanto na gerencial – dentro da gestão, a universitária resolveu dar ‘uma forcinha’ na parte comercial. “A Domênica também assessora os produtores que já estão aptos na comercialização e marketing, por meio da criação de peças para o Instagram, folderes, precificação e o levantamento de possíveis novos clientes. O trabalho dela é muito bom e tem ajudado muito os produtores”, disse Júlio.
“Gosto bastante de tecnologia, mas ainda tenho muito o que aprender. O pouco que sei uso para auxiliar os produtores, pois uma boa propaganda impacta positivamente nas vendas e muitos deles não possuem tempo ou prática com redes sociais como aliada comercial”, disse Domênica.
Preparação de novos técnicos
Para o gerente da Regional de Passos, Rogger Miranda Coelho, o programa de estágio é importante para qualificar outros técnicos com conhecimento tácito na rotina de trabalho, em contato direto com o produtor, melhorando o relacionamento no campo e conhecendo de forma adequada a transferência de tecnologia e conhecimento. “Esse trabalho mostra que a Domênica, sob a tutoria do Júlio, tem uma visão integrada de todo o processo produtivo, que não é só produção. É preciso comercializar e uma das formas é através do marketing, conseguindo mais clientes, canais de venda e contatos com o consumidor final”.
“O ATeG Agroindústria é muito importante. Como engenheira de alimentos, o programa amplia muito a nossa visão. Percebemos que o mercado para a Engenharia de Alimentos não é somente direcionado à indústria, nós podemos aplicar muito do nosso conhecimento como engenheiros no campo, para os produtos artesanais. Temos que voltar o nosso olhar para a tradição familiar, pois eles têm a prática, e nós, a técnica. Se unirmos essas duas experiências, conseguiremos levar para o mercado um produto com alto padrão de qualidade”, analisou a estagiária.