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Resumo do primeiro dia SIC

SEMANA INTERNACIONAL DO CAFÉ
ESCRITO POR ASCOM
18/11/2020 . SISTEMA FAEMG

AGROTALKS

Exportação de cafés especiais

As oportunidades de negócios no Reino Unido e na Europa foram tema do primeiro evento do Sistema FAEMG/SENAR/INAES na Semana Internacional do Café (SIC). Foi destacado o trabalho da Agrorigem, primeira startup a receber investimento do NovoAgro Ventures. A empresa desenvolveu uma plataforma de marketplace que faz a conexão direta do cafeicultor com o comprador – de forma transparente e com valorização. A Agrorigem também tem um representante de vendas no Reino Unido, considerado destino promissor para fazer o café mineiro estar mais presente no mundo. Produtoras rurais narraram como a plataforma ajudou a enxergar melhor o próprio café e a exportar com valor agregado.

Participaram:

Leo Dias – CEO NovoAgro Ventures

Daniela Alkmin – CEO Agrorigem

Rui Bottesi – UKS Salles Agrorigem

Leda Fernandes –  produtora de cafés especiais


MINICURSO

Origem e qualidade do café

Os passos que o produtor precisa seguir para obter a certificação do café foi o assunto do minicurso conduzido pela consultora da CompartVeg, Mírian Xavier; e pelo CEO da CertifiCafé, Mauro Júnior. Os especialistas destacaram três pontos: o cafeicultor precisa anotar o dia a dia da lavoura, em um caderno ou de forma digital; é preciso definir qual tipo de certificado se deseja obter; e, escolhida a certificação, fazer um check list para saber quais mudanças precisarão ser feitas na propriedade.

 

“A certificação e a rastreabilidade do café garantem ao produtor rural novas possibilidades de negócios, inclusive, no mercado internacional.”

Mírian Xavier, consultora da CompartVeg

 

“A certificação não é um simples papel. Ela coloca a propriedade nas boas práticas do mercado e promove uma melhoria na gestão.”

Mauro Júnior, CEO da CertifiCafé


 

LIVE
Gestão financeira na propriedade cafeeira

Com as margens de lucro cada vez mais enxutas, melhorar a gestão dos custos e saber tomar decisões no melhor momento pode ser o diferencial para os cafeicultores ganharem em eficiência e rentabilidade. É importante dividir a propriedade em talhões e anotar todos os indicadores que apontarão os custos produtivos por talhão. E envolver também a família nas atividades de gestão e de anotações diárias. Estas foram algumas das conclusões apresentadas na Live com o técnico do ATeG Café do Sistema FAEMG/SENAR/INAES, Everton Franchini, e pela analista de Agronegócio, Ana Carolina Gomes.

Ana Carolina Gomes, analista de Agronegócio

Everton Franchini, técnico do ATeG Café


CONVERSA COM ESPECIALISTA

Classificação e Degustação de Café

A classificação e degustação de cafés agrega valor na venda? A conversa com a especialista, barista, Q-grader e instrutora do SENAR Minas, que também é turismóloga e instrutora do Sistema FAEMG/SENAR/INAES, Helga Andrade foi um passeio pela história da bebida no Brasil. Abordou desde o início da classificação, em 1836, quando os grãos eram tratados apenas como primeira sorte, segunda sorte ou escolha, até a metodologia atual: Classificação Oficial Brasileira (COB), Specialty Coffee Association (SCA) e Cup of Excellence (CoE), além do Programa de Qualidade do Café da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC).

 

“A melhor forma de agregar valor ao café depende da estratégia do produtor. O importante é mapear a qualidade do café para saber como explorá-la.”

Helga Andrade, especialista, barista, Q-grader e instrutora


A IMPORTÂNCIA DO SEGURO COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DE RISCO

O diretor de seguros, Gláucio Toyama, da Swisse Re, lembrou que todo o ciclo do café - da  preparação do solo à adubação, do plantio à colheita e, até mesmo, no pós-colheita, levando-se em conta o maquinário, os riscos de armazenagem, a qualidade do produto e a vida do cafeicultor, envolvem riscos. “Eles precisam ter e eficiência operacional e produtiva, bom manejo de pragas e doenças e, ainda assim, são reféns de eventos climáticos”. 

Segundo ele, as empresas do setor têm programas específicos para mitigação de riscos. No entanto, culturalmente, no Brasil, a contratação do serviço ainda é considerada um custo e não um investimento. Muita gente não sabe que é possível comprar seguro, sem que isso esteja, necessariamente, atrelado à contratação de crédito.

Toyama reconhece, entretanto, uma falha no mercado das seguradoras que oferecem o mesmo produto para cafeicultores de Minas, do Espírito Santo ou Rondônia, desconsiderando as diferenças de espécie, cultivo, clima ou geografia. 


De acordo com o executivo, poucos distribuidores têm pleno conhecimento das particularidades do mercado de café e citou A FAEMG Seguros como exemplo de empresa com bom domínio da área.   


“Nosso desafio permanente é sensibilizar os produtores, ajudando-os a gerar uma cultura de uso do serviço, oferecendo produtos aderentes e conseguindo precificar isso, como se fosse um seguro de automóvel”.


CONVERSA COM ESPECIALISTA

Você sabe identificar os defeitos que afetam a qualidade do café?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como evitar grãos pretos no meio do café? Porque alguns grãos nascem com o formato de conchas? Porque aparecem brocas no meu café, se cuido do manejo de pragas e faço a varrição do terreiro corretamente? Roberto Gregatti, q-grader, especialista e instrutor de cursos do Sistema FAEMG/SENAR/INAES, respondeu essas - e muitas outras perguntas que todo cafeicultor já se fez em algum momento - em live na noite desta quarta-feira, 18. Além de apontar os principais defeitos do café, suas causas e correções, Gregatti ainda discutiu técnicas e tecnologias que vêm sendo utilizadas pelos cafeicultores e estão se revertendo em mais produtividade e lucro. Exemplos são a análise do ponto de maturação do café por talhão e a utilização do refratômetro, que mede o Grau Brix do grão.

“O café tem defeitos intrínsecos, originários da própria planta, e extrínsecos, como pedras e sementes de outras espécies. É muito importante o produtor saber o ponto correto de maturação para colher o café: se colher no ponto ideal, muitos problemas já serão eliminados.” – Roberto Gregatti