Nos meses de estiagem severa, especialmente em agosto, setembro e outubro, os incêndios tornam-se uma grande e constante ameaça para os produtores rurais. As condições climáticas dessa época, como o ar seco e o aumento da força dos ventos, aceleram a propagação do fogo, causando prejuízos incalculáveis para o meio ambiente e para a produção agrícola. Em Minas Gerais, várias regiões foram impactadas nos últimos dias.
Para conscientizar produtores e a população que vive na zona rural sobre os riscos das queimadas, o Sistema Faemg Senar divulgou uma cartilha com orientações para prevenção e dicas sobre o que fazer caso os incêndios atinjam a propriedade rural. Segundo o analista de sustentabilidade da instituição Guilherme Oliveira, estar preparado pode ajudar a resguardar os produtores rurais, evitando prejuízos financeiros e ao meio ambiente.
Medidas práticas
Clique aqui para ver todas as orientações da cartilha sobre incêndios.
Triângulo Mineiro
Na região do Triângulo Mineiro, uma das mais afetadas do estado, sindicatos dos produtores rurais em parceria com órgãos públicos estão implementando estratégias para contornar a situação. Em Uberaba, uma reunião de emergência foi realizada com a presença da Prefeitura, Polícias Militar e Civil, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Cemig.
Como resultado, foi publicado um decreto municipal que declarou estado de emergência por 180 dias devido à estiagem prolongada e ao risco elevado de incêndios. Entre as medidas, estão a proibição do uso de fogo para limpeza de terrenos e queimas controladas, fiscalização intensiva em áreas vulneráveis, e apoio emergencial, como o uso de caminhões-pipa.
O presidente do Sindicato, Marco Túlio Prata, recomenda aos produtores acionarem o Disque-Denúncia 181 sempre que tiverem informações sobre possíveis autores de incêndios ou identificarem veículos suspeitos na região.
Em Campo Florido, na mesma região, incêndios atingiram canaviais. Segundo o presidente da Comissão Técnica de Cana-de-açúcar do Sistema Faemg Senar, Márcio Guapo, a situação é preocupante. “Estamos atuando para garantir a segurança dos produtores rurais, de suas famílias e das comunidades próximas aos locais atingidos. A Comissão repudia qualquer ato criminoso que traz impactos devastadores para a economia e o meio ambiente”.
Leia a nota da comissão na íntegra:
