Mesmo com o impacto da pandemia no negócio, o casal de produtores Gisélia Medeiros Francelino e Elias Lagoeiro viu a criação de aves dobrar nos últimos meses, na propriedade localizada na comunidade de São Basílio, em Uberaba. Desde junho de 2020, eles são atendidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do Sistema FAEMG/SENAR/INAES. Na regional de Uberaba, são 28 propriedades participantes do ATeG.
Eles começaram a criação no ano passado, em um galinheiro adaptado, com 150 aves da linhagem Label Rouge, conhecida como pescoço pelado. Inicialmente, toda a criação era destinada ao Mini Abatedouro de Aves instalado pela Prefeitura de Uberaba, por meio da Secretaria do Agronegócio e parceiros, e, hoje, administrado pela comunidade. “É um bom negócio, mas estamos investindo devagar por causa da pandemia, que afetou nosso mercado e aumentou os custos”, explicam os produtores.
Com o ATeG, o casal fez adequações nutricionais e conseguiu reduzir os custos. Uma das instruções do técnico de campo Alexandre Elias foi a utilização do excedente da produção de hortaliças para alimentar as aves. O resultado foi o aumento da produção: atualmente o casal aloja, mensalmente, de 250 a 300 aves. “Essa orientação também cooperou com a redução dos custos e refletiu na qualidade do produto”, afirmou
Hoje, metade da criação é destinada ao mini abatedouro e a outra metade, à comercialização particular, o que reduz o prazo de recebimento. “Agora, estamos fazendo a granja. Depois da pandemia, queremos ampliar a criação ainda mais. O acompanhamento do programa é muito bom: auxilia na redução de custos, na prevenção de doenças e na lucratividade”, destacaram os produtores.
“Quando formamos este grupo na cadeia de Avicultura, alguns produtores estavam começando. A assistência técnica foi fundamental para que eles pudessem prosperar, mesmo neste período difícil da pandemia”, explicou o gerente regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES, Caio Oliveira.