“Este Dia de Campo foi apenas um dos dez que faremos neste ano em cada regional. Vimos produtores convencidos de que produzir leite é um bom negócio e cumprimos o nosso papel de levar evolução, conhecimento, experiência prática e transformação para a vida do produtor mineiro. Foi um sucesso”, destacou o superintendente do SENAR Minas, Christiano Nascif. Este foi o primeiro Dia de Campo do Programa Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Balde Cheio no estado. O evento foi promovido pelo escritório regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Sete Lagoas com o apoio do Sindicato Rural de Guanhães.
O intercâmbio de conhecimento ocorreu na Fazenda Barra Mansa, em Senhora do Porto. A propriedade recebeu assistência técnica e gerencial durante dois anos e conquistou lucratividade com a atividade leiteira. Em um total de seis hectares, a produção de leite anual chega a 12.000 litros por hectare. “É uma propriedade modelo”, completou Nascif.
Participaram do Dia de Campo cerca de 300 produtores dos municípios de Felixlândia, Corinto, Curvelo, Serro, Ferros, Itabira, Santa Maria de Itabira, Guanhães, Rio Vermelho, Sabinópolis, Senhora do Porto, Itambé do Mato Dentro e São Sebastião do Rio Preto. Divididos em grupos e orientados para manter os cuidados contra a covid, eles passaram por quatro estações e receberam informações valiosas sobre alimentação do gado, produção de leite em pequenas áreas, rentabilidade da atividade e os resultados técnicos e econômicos do ATeG Balde Cheio na regional.
Para o gerente de ATeG, Bruno Rocha, o formato do Dia de Campo é objetivo e toca diretamente nas dores dos produtores. “Leva soluções práticas para que eles possam mudar suas realidades”, afirmou.
O pecuarista Geraldo Batista dos Santos aprovou a experiência. Foi a primeira vez que ele teve contato com produtores atendidos pelo programa. "Fica claro que não importa o tamanho da propriedade. A gente volta para casa extremamente motivado".
Transformação
“Aqui se ganha dinheiro com leite”. Foi com essa fala que o técnico de campo Douglas Pires resumiu a apresentação que preparou sobre as conquistas que a propriedade teve após o ATeG. “Ele é entusiasmado com o que faz. E faz o que precisa ser feito”, comentou Douglas, referindo-se ao empenho do produtor em cumprir as recomendações sobre gestão, genética, nutrição e manejo.
Para que os indicadores de eficiência fossem realidade, as orientações do técnico foram prontamente acolhidas pelo proprietário e produtor rural, Adriano Soares. Entre elas, estão construção de curral, aquisição de conjunto de ordenha, reforma e aumento da área de canavial, introdução de fubá reidratado na dieta das vacas, formação de área de Tifton e aquisição de bebedouros.
“Foi uma mudança e tanto, apesar de algumas ações terem sido simples. O que aprendi com o ATeG não aprendi há anos trabalhando no campo. A gente fala que o conhecimento mudou o rumo de tudo por aqui. Só tenho a agradecer”, disse o produtor, satisfeito por ser referência para centenas de produtores no Dia de Campo.