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Painel discute evolução do consumo de carne no Brasil

CONACARNE
ESCRITO POR FERNANDA TEIXEIRA, DE BELO HORIZONTE
19/09/2025 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, INAES, FAEMG
Painel abordou as mudanças de comportamento do consumidor e os novos caminhos para a valorização da carne bovina brasileira

O painel “Do pasto ao prato – a carne pela ótica do consumidor”, realizado nesta sexta-feira (19/9) durante o Conacarne, promoveu uma roda de conversa entre especialistas da gastronomia e do setor de carnes sobre as mudanças de comportamento do consumidor e os novos caminhos para a valorização da carne bovina. A mediação foi de Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA.

Entre os convidados estavam Rogério Betti, fundador do açougue e restaurante deBetti; Julia Carvalho, chef referência em American BBQ; Larissa Morales, primeira sommelière de carnes do Brasil e colunista da Folha de S. Paulo; e Gustavo Bottino, empreendedor e criador da Churrascada, festival internacional de carne e fogo.

Os debatedores destacaram que, na última década, o brasileiro passou a buscar cortes nobres e técnicas diferenciadas de preparo, influenciado por viagens, redes sociais, cursos e festivais gastronômicos. Esse movimento elevou a exigência por qualidade e abriu espaço para novos modelos de consumo. “O churrasco deixou de ser apenas uma refeição para se tornar um momento de celebração, de reunir a família e os amigos, o que leva o consumidor a investir em carnes de melhor padrão”, ressaltou Betti.

Integração entre produtores, chefs e consumidores é vista como chave para consolidar a carne brasileira como referência mundial

A padronização da oferta e a aproximação entre campo e cidade foram apontadas como fatores essenciais para o fortalecimento do setor. “O consumidor está disposto a pagar mais por um produto de qualidade, mas precisa ter confiança e garantia de origem”, afirmou Bottino. Larissa reforçou que o desafio é educar o público, ampliar a variedade de cortes disponíveis e valorizar o trabalho dos pecuaristas: “Assim como aconteceu com a cerveja artesanal, depois que o brasileiro experimenta carne de excelência, dificilmente volta atrás”.

Outro ponto debatido foi a necessidade de comunicar melhor o diferencial da carne brasileira, tanto no mercado interno quanto no internacional. “Ainda falta orgulho do nosso produto. Muitas vezes o consumidor valoriza a carne argentina ou uruguaia, sem reconhecer que temos qualidade e sustentabilidade para competir de igual para igual”, provocou Betti.

O painel terminou com a mensagem de que pecuária e gastronomia precisam andar lado a lado. A integração entre produtores, chefs e consumidores é vista como chave para consolidar a carne brasileira como referência mundial em sabor, inovação e responsabilidade socioambiental.