“Mais água, qualidade de vida e de produção nas propriedades rurais”. De acordo com o gerente regional do Sistema Faemg Senar em Araçuaí, Luiz Rodolfo Antunes Quaresma, essa é a garantia que uma nascente pode dar ao produtor que a preserva. Além disso, ela é também “uma alternativa adicional que garante, de alguma forma, segurança hídrica no futuro”.
Para favorecer as atitudes de preservação do meio ambiente e complementar as políticas de sustentabilidade aplicadas em todo o mundo, o Sistema Faemg Senar retornou com o curso de Recuperação de Nascentes com um escopo para oferecer mais confiança aos alunos.
“Foi necessário adequar nossa metodologia para atender a legislação ambiental e estamos muito satisfeitos em levar conhecimento que promove o uso sustentável dos recursos naturais e sua proteção”, ressaltou a Gerente de Sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Pereira Ramos.
O analista técnico em Formação Profissional Rural do Sistema Faemg Senar, Alexandre de Matos Martins, explica que os cursos têm o objetivo de capacitar os produtores rurais para lidar também com a parte burocrática.
“O intuito é oferecer um conjunto de cursos onde o instrutor possa orientar os produtores na aquisição das licenças ambientais necessárias e obrigatórias, imprescindíveis para os trabalhos”, explicou ele que relembrou “a felicidade dos produtores ao ver a recuperação da nascente que estava em processo de degradação”.
Água limpa
A produtora rural Rosa Francisca Gomes viu novamente “a água limpa” em sua propriedade, na comunidade quilombola Morrinhos. “Como a região possui diversas nascentes que sofreram degradação, eu acredito que muita gente, a partir de agora, vai conseguir fazer o mesmo. Agora é água de qualidade de novo! O curso veio trazer benefícios não só para mim, mas para todos”, comemorou.
Rosa contou que mora na fazenda há 35 anos e na comunidade é comum as nascentes abastecerem várias famílias. “Aqui tem uma que abastece 60”, ressaltou. Para ela, é urgente a necessidade de se entender sobre o impacto de atitudes que não são coerentes com a sustentabilidade. “A maioria das pessoas não se preocupa com o amanhã e desmata descontroladamente. Depois, fala que não desmatou e secou do nada. Sabemos que na maioria das vezes, a nascente seca pela falta de consciência ambiental e informação”.
Assim como Rosa, a gerente de sustentabilidade Mariana Ramos explica sobre a necessidade de preservar as nascentes até mesmo como forma de sobrevivência. De acordo com ela, “por meio da educação ambiental, conscientização e entendimentos das normas para proteção das áreas que devem ser preservadas, é que poderemos evoluir”.