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Seminário Técnico Crise Climática

SUSTENTABILIDADE
ESCRITO POR NATHALIE GUIMARÃES, DE BH, COM INFORMAÇÕES DA ALMG
09/08/2024 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, FAEMG

O Seminário Técnico “Crise Climática em Minas Gerais: Desafios na Convivência com a Seca e a Chuva Extrema”, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), chega à sua etapa estadual nesta sexta-feira (9/8), com uma sessão marcada pela entrega dos relatórios dos grupos de trabalho e presença de autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil. O Sistema Faemg Senar participou ativamente de todo o processo que culminou nesses resultados, que vão subsidiar uma agenda de atuação da ALMG.

Foram quase cinco meses de discussões, com sete encontros no interior do estado, em que foram apresentados a situação da região perante a crise climática e exemplos de boas práticas para a convivência com as mudanças no meio ambiente. Deles participaram representantes do Sistema, com palestras e manifestações de sindicatos, gerentes regionais e produtores rurais.

Nesta sexta-feira, o analista de Sustentabilidade do Sistema, Guilherme Oliveira, foi o comentarista do grupo econômico-produtivo, e o presidente da Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Norte de Minas (Aspronorte) e do Sindicato Rural de Januária, Astério Itabayana Neto, do eixo social. “Estamos falando de produção sustentável e precisamos melhorar os aspectos de desenvolvimento da produção sustentável em todas as suas dimensões”, destacou Guilherme.

Ele registrou pontos que merecem atenção: reservação de água para ajudar no período da seca e na contenção de água nos períodos de cheias; a necessidade de mais funcionários nos órgãos ambientais estaduais; pesquisa e assistência técnica rural; reservação de água no solo; utilização de bioinsumos e bioenergia; diversificação dos modais de transporte; mudanças na mobilidade urbana; logística reversa e economia circular, entre outros.

“A irrigação é um grande aliado da produção sustentável. Recentemente, foi sancionada a Política Estadual de Agricultura Irrigada Sustentável. Em uma área irrigada, é possível produzir até três vezes mais do que em uma área sem irrigação”, acrescentou.

Astério destacou pontos como segurança hídrica e alimentar, comercialização e regularização fundiária. “Liderados pelo Sistema, nossos sindicatos participaram de todas etapas, discussões e da elaboração dos relatórios e propostas a serem tratadas na Assembleia Legislativa. Essa participação é muito importante pois representamos a parte produtiva do setor rural, que convive e sofre mais com os danos da seca, especialmente o Norte de Minas, região do semiárido mineiro. Nossa participação é determinante para o que será feito daqui para frente para garantir a perenidade da nossa produção e que não tenhamos mais perdas como passamos no último período da seca”, explicou.

Também acompanharam o seminário o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais (SPR) de Uberaba, Marco Túlio Prata, a presidente do SPR de Santa Bárbara, Hercília Sanches, e a diretora do Sindicato de Montes Claros e diretora técnica da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Hilda Loschi.

Pela Faemg, estavam também o gerente de Agronegócio  Rafael Rocha, a analista de Agronegócio Mariana Simões, o analista de Sustentabilidade Henrique Damásio e a advogada Helena Carneiro.

Representantes de Sindicatos dos Produtores Rurais e do Sistema Faemg Senar na ALMG para a etapa estadual do Seminário Técnico Crise Climática

Trabalho vai pautar a agenda legislativa

O Seminário Técnico Crise Climática foi lançado em 14 de março, com um debate com a participação de autoridades e especialistas. Para ampliar a discussão, foram realizados sete encontros regionais no interior do estado. O objetivo foi identificar os impactos das mudanças climáticas nas diferentes regiões mineiras, de modo a construir um painel sobre os problemas locais e coletar sugestões para solucioná-los. Ao todo, 368 instituições estiveram representadas nos debates.

Também em março tiveram início as discussões dos grupos temáticos, que se reuniram para analisar planos e políticas públicas já existentes e apresentar propostas para aprimorá-los. O trabalho se dividiu em quatro segmentos: institucional, social, econômico-produtivo e ambiental.

Cada grupo elaborou um relatório final com avaliações e diretrizes para subsidiar uma agenda de atuação da ALMG. Esses documentos serão encaminhados aos parlamentares, que poderão propor medidas que auxiliem na convivência com os fenômenos climáticos extremos, como secas severas e chuvas torrenciais. Será possível, por exemplo, viabilizar políticas públicas que promovam ações contínuas de caráter estruturante de médio e longo prazos.

"Foram mais de 300 diretrizes alinhadas até aqui nos grupos temáticos. Agora nos debruçaremos sobre elas e construiremos um plano de ação para ser posto em prática. Todos os deputados estão juntos nessa missão", disse o presidente da ALMG, o deputado Tadeu Leite.