Onze pessoas fizeram o novo curso de Produção de Bioinsumos na Fazenda Cachoeira, em Santo Antônio do Amparo, no início deste mês. Promovido pelo Sindicato dos Produtores Rurais da cidade em parceria com o Sistema FAEMG, o treinamento é uma oportunidade de diminuir riscos à saúde humana e animal, preservar o meio ambiente e reduzir custos, já que os conhecimentos técnicos permitem substituir defensivos químicos por fertilizantes ou defensivos biológicos feitos de microrganismos, materiais vegetais, orgânicos e naturais.
O instrutor do treinamento, Nilmar Arbex de Castro, afirma que o curso é importante para que o produtor rural adquira informações sobre a tecnologia de bioinsumos produzidos na fazenda. Segundo ele, o objetivo foi mostrar “como prepará-los para obter um insumo de qualidade, tanto para o uso na fertilização dos solos, no manejo de pragas e doenças, como para a indução de resistência das plantas e estímulo à produção. Tudo com uma considerável redução dos custos de produção, pois são preparados com resíduos obtidos na propriedade”.
“O curso deixou claro para os produtores rurais que é importante usarem o meio ambiente a seu favor, de forma sustentável, através de microrganismos. Assim, eles conseguem garantir a qualidade atrelada à produtividade e redução de custos”, acrescentou Heloízio Domingos Carvalho, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Santo Antônio do Amparo.
Autonomia
O analista de Formação Profissional Rural do Sistema FAEMG, Alexandre de Matos Martins, diz que o curso é mais uma ferramenta de conhecimento para que o produtor rural busque práticas alternativas sustentáveis para aplicar em sua propriedade. “Trabalhamos enfaticamente o controle biológico, os biofertilizantes, os fertilizantes, adjuvantes, inoculantes, dentre outros. Neste curso, os participantes aprendem conceitos atualizados junto ao tema, identificação e diferença dos principais bioinsumos, a biologia do solo e suas interações, entomologia e fotopatologia em sistemas sustentáveis, preparo na fazenda, aplicação e normatização dos bioinsumos, com implementação de biofábricas”, descreveu.
De acordo com Alexandre, o curso piloto foi acompanhado pela gerência para monitoramento e controle dos temas. Os bioinsumos correspondem a um modelo inovador, sustentável e extremamente procurado em todo o Estado de Minas Gerais, acentuado à disparada dos preços dos fertilizantes e defensivos agrícolas. Segundo ele, “esperamos que, ao concluírem o curso, os participantes apliquem os conhecimentos para utilizar a biodiversidade local, reduzindo a dependência de insumos convencionais com práticas que equilibrem o meio ambiente de forma conservacionista”.
Para o gerente regional do Sistema FAEMG em Lavras, Rodrigo Ferreira, a utilização de bioinsumos na agropecuária tem se destacado no mercado de adubos como item de nutrição de plantas em controle de pragas e doenças. “Representam significativamente o alimento que é gerado no campo. A sua utilização é de fácil aquisição, o que torna possível ser aplicada por qualquer propriedade, desde que o produtor seja capacitado para poder desempenhar um bom trabalho e gerar um produto de qualidade que atenda aos requisitos da planta. Desta forma, ele contribui cada vez mais para uma atividade sustentável”.
A realização do curso contou com o apoio da Fazenda Cachoeira (Rogério Daros e Miriam Aguiar Paiva), Fazenda Guariroba (Homero Paiva), Fazenda Samambaia (Henrique Cambraia), Fazenda São Paulo (José Carlos Cepera) e Neumann Kaffee Gruppe (NKG).