A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou, nesta quarta-feira (9/10), o posicionamento da entidade para a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), que será realizada de 11 a 22 de novembro, em Baku, no Azerbaijão. A instituição acredita no fortalecimento do agro no Acordo de Paris como solução em busca da segurança climática, alimentar e energética.
O documento é uma contribuição aos negociadores brasileiros que estarão na conferência deste ano. A gerente de Sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Ramos, acompanhou o evento. “Isso reafirma o compromisso do setor agropecuário com a agenda climática, evidenciando que o agro não só é um dos primeiros setores a sentir os impactos das mudanças climáticas, mas também desempenha um papel fundamental na busca por soluções. O Sistema Faemg Senar está comprometido em defender os interesses dos produtores rurais e buscar investimentos para viabilizar projetos sustentáveis em Minas Gerais”, analisou.
Contribuições do setor
No documento, a CNA defende a garantia de meios de implementação para ações climáticas na agricultura, setor que é considerado essencial para o cumprimento das metas de mitigação e adaptação às mudanças do clima, mostrando, mais uma vez, o compromisso do país com a produção sustentável e a segurança alimentar, climática e energética.
Garantir os meios de implementação impõe superar os desafios de buscar financiamento e tipificação dos recursos a serem destinados às soluções climáticas, implementar ações climáticas de agricultura e segurança alimentar e energética, definir a meta global de adaptação, aprimorar a estrutura de transparência e viabilizar acordos cooperativos e regras compatíveis de participação do setor agropecuário dentro do mercado de carbono.
A entidade considera que o governo federal não pode definir as novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são as ações de redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) a partir de 2031, sem ouvir o setor agropecuário e sem definir as estratégias de cada setor da economia, evitando que o agro responda por outros segmentos.