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Sistema Faemg Senar debaterá transição energética e as potencialidades do agro

COP-28
ESCRITO POR FERNANDA TEIXEIRA, DE BELO HORIZONTE, COM INFORMAÇÕES DA CNA
24/11/2023 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, FAEMG

A transição energética e as potencialidades do agro brasileiro serão alguns dos temas debatidos em painéis pelo Sistema Faemg Senar durante a 28ª Conferência das Partes da Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), que se inicia na próxima quinta-feira (30) e vai até 12 de dezembro, em Dubai (Emirados Árabes Unidos).

Os painéis integram a programação do Dia do Agro, em 10 de dezembro, no pavilhão do setor produtivo brasileiro na COP, local que reunirá especialistas, representantes do governo, embaixadas, organismos internacionais, empresas, entidades do setor produtivo e produtores rurais para aprofundarem sobre produção sustentável no Brasil e no mundo.

Segundo o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, o agro mineiro desempenha um papel crucial na transição energética, especialmente no uso do etanol. “Desenvolvemos o programa 'Movido pelo Agro', com apoio do Siamig, que valoriza os produtores de cana-de-açúcar e incentiva o uso desse combustível renovável. Essa abordagem não apenas assegura a produção de biomassa para o etanol, mas destaca como o agro pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, disse. O presidente acrescentou, ainda, que o setor se diversifica e se torna protagonista na oferta de soluções sustentáveis para o abastecimento energético, um movimento que vem atraindo o interesse de parcerias para a descarbonização.

O painel contará com a mediação do consultor de meio ambiente e sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Justus. Serão expositores do tema, além do presidente Antônio de Salvo, a presidente executiva da Associação Brasileira de Biogás (Abiogás), Renata Isfer; o presidente da Siamig, Mário Campos; a vice-presidente de Estratégia e Sustentabilidade da ABAG/Raízen, Paula Kovarsky; o chefe de Relações Internacionais da Embrapa, Marcelo Morandi; e a secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffmann.

Transparência do agro

Outro painel presente na programação vai abordar a transparência do agro. A gerente de sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Ramos, vai participar das discussões e, juntamente com o presidente Antônio de Salvo, vai falar sobre pecuária sustentável e regularização ambiental.

Apresentaremos um Projeto do Sistema CNA, desenvolvido em Minas Gerais, para apoiar produtores rurais na regularização ambiental, conforme o Código Florestal (Lei Federal 12.651/12). Nosso foco é fortalecer os sindicatos rurais para auxiliar os produtores na correção do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e alcançar a conformidade legal. Em nosso estado, menos de 1% dos mais de 1 milhão de CARs foram analisados, por isso vamos destacar a necessidade de apoio técnico, financeiro e das parcerias para garantir a segurança jurídica dos produtores, visando ainda mais transparência no setor”, ressalta Mariana.

A mediação será do sócio-diretor da Agroícone, Rodrigo Lima, com participação do presidente da Croplife, Eduardo Leão, do diretor de estratégia global da Solinftec, Leonardo Carvalho, da presidente da AMIF, Adriana Maugeri, do coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias Filho (CNA) e do coordenador-geral de Mudanças Climáticas e Agropecuária Conservacionista do Ministério da Agricultura, Adriano Santhiago de Oliveira.

Posicionamento dos produtores rurais

A CNA levará para a conferência o posicionamento dos produtores rurais brasileiros que está contemplado no documento entregue aos negociadores do governo federal. O material foi construído de forma conjunta com produtores rurais, federações estaduais de agricultura e pecuária e sindicatos rurais.

No posicionamento, a CNA destaca os temas que serão discutidos na COP e que são essenciais para impulsionar as ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas dentro das discussões sobre a implementação do Acordo de Paris, firmado em 2015, com a definição de metas pelos países e do Brasil por meio das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs).

A entidade defenderá a proposta de que o agro seja reconhecido como peça-chave nas soluções para garantir segurança alimentar e energética no mundo, por meio de ações e tecnologias que contribuam para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), além de promover a mitigação e a adaptação ao aumento da temperatura global.