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Primeira agroindústria atendida recebe aprovação federal

ATEG AGROINDÚSTRIA – DERIVADOS LÁCTEOS
ESCRITO POR KAROLINE SABINO, DE VARGINHA
13/05/2024 . SISTEMA FAEMG, SENAR

Um marco significativo: a produtora Juciane Ribeiro, de Cachoeira de Minas, comemora a aprovação federal para a construção de uma agroindústria de derivados lácteos, concedida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Para o Sistema Faemg Senar, a conquista representa um motivo de grande orgulho, pois Juciane é a primeira produtora atendida pelo ATeG Agroindústria a receber o selo de aprovação com a capacidade de processar até 400 litros por dia, permitindo a comercialização de queijos e iogurtes em todo o Brasil.

Juciane, o marido, André, o supervisor do ATeG Agroindústria, Paulo Globo e a técnica especialista, Livia Maia

“Esse selo é a resposta de que estamos no caminho certo, né?! Eu li e reli o e-mail várias vezes, é uma felicidade muito grande regularizar toda a documentação da nossa queijaria. Já possuímos um espaço de 200m² que requer algumas modificações, mas, agora, vamos transformá-lo na queijaria, será um sonho realizado. Em breve, queremos vender nossos produtos para todo o Brasil. Antes, vendíamos apenas na cidade de Cachoeira de Minas”, contou Juciane.

A coordenadora do ATeG Agroindústria, Paula Lobato, reforça que esse é um passo importante para alinhar a produção local às normas sanitárias vigentes, retirando o produtor da ilegalidade. Esse avanço garante mais segurança e qualidade aos consumidores, enquanto abre novos mercados, valoriza e agrega valor à produção da produtora.

Além do clássico queijo minas frescal tradicional, ela produz queijos recheados com doce de leite, goiabada, requeijão e uma seleção de temperos especiais, que harmonizam com diversas bebidas

“O Sistema Faemg desempenha um papel fundamental neste processo, assegurando que o produtor possa operar sem o risco de ser autuado por parte dos órgãos de inspeção, abrindo novas possibilidades de mercado e, consequentemente, melhorando a renda e qualidade de vida da família. Inclusive, eles poderão vender os produtos em outros estados, como São Paulo, por exemplo, que está próximo e possui um público que paga mais por esse produto”, explicou Paula.

Produtora deixa enfermagem para produzir queijos

Depois de uma carreira de 20 anos como enfermeira, Juciane não imaginava que passar uns dias na propriedade da família, o Sítio Santa Rita, traria um novo sentido para sua vida. O que começou como uma atividade casual se transformou em um empreendimento com os Queijos Dona Ju. Após os atendimentos no Programa de Assistência Técnica e Gerencial - ATeG Agroindústria, oferecido pelo Sistema Faemg Senar em parceria com o Sindicato Rural de Pouso Alegre, ela aumentou sua produção em 800%. A produtora deu um salto, saindo de 60 para cerca de 540 litros por semana.

Apoio técnico e dedicação familiar

A técnica de campo Aline Pereira Martins reforçou a importância do suporte e do comprometimento da família. “A história da família é uma inspiração. Ela e o marido, André, são muito dedicados e isso foi fundamental durante os atendimentos. Trabalhamos sobre boas práticas de fabricação e boas práticas agropecuárias, inserção de novos produtos à linha de produção, orientações gerais sobre registro em órgãos competentes de fiscalização, elaboração de derivados lácteos e outras demandas”, disse a técnica.

Esperanças e expansões futuras

Com essa aprovação pioneira, aumenta a expectativa de mais projetos semelhantes, melhorando a situação econômica e de vida de outros produtores.  “Para nós, enquanto Sistema Faemg Senar, é uma grande alegria ver o crescimento da presença das agroindústrias e a evolução do serviço de inspeção, que está cada vez mais integrando esses produtores. É fundamental reconhecer que eles têm direitos, e isso de forma alguma compromete a qualidade dos produtos. Nosso trabalho consiste em reforçar essa realidade, promovendo a legislação. Já estamos dando andamento aos processos para novos produtores, aumentando assim a expectativa de expandir ainda mais o alcance deste sucesso”, finaliza a técnica especialista do ATeG Agroindústria, Livia Carvalho Maia.