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Tradição à excelência: Terracini investe em café especial

MEU CAFÉ NO SISTEMA FAEMG SENAR
ESCRITO POR CRISTIANE MENDONÇA, ASCOM
14/08/2024 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, INAES, FAEMG
Pierre Pereira: produtor cultiva 11 variedades de grão na Fazenda Terracini, em Altolândia, na Serra da Canastra

O café está no DNA da família de Pierre Pereira há cinco gerações. Natural de Córrego Dantas, no Centro-Oeste de Minas, ele mora há mais de 20 anos nos Estados Unidos, mas seus pés continuam enraizados no Brasil. Proprietário da Fazenda Terracini, em Altolândia, na Serra da Canastra, ele gerencia, entre idas e vindas ao país, uma propriedade de 350 hectares, localizada em uma região a 1.200 metros de altitude. Lá são cultivadas 11 variedades, entre elas, Geisha, Bourbon, Paraíso 2 e Arara.

Apesar dos grãos de boa qualidade, Pierre sempre havia produzido e comercializado um café commodity, com baixo valor agregado. E, foi somente há dois anos, que o cultivo de café especial chamou a atenção do cafeicultor.

Geisha, Bourbon, Paraíso 2 e Arara estão entre os grãos cultivados pela Terracini

A história começou quando o agrônomo e gerente da fazenda, Jonathan Martins das Chagas, orientou Pierre a trazer o programa Assistência Técnica e Gerencial (ATeG Café+Forte) do Sistema Faemg Senar para a propriedade. Com o início das atividades, eles foram orientados pelo técnico de campo Antônio Sérgio de Souza a fazer a análise SCA (Specialty Coffee Association) dos grãos. A surpresa foi boa! Os cafés de terreiro da Terracini receberam nota acima de 83, pontuação que já categorizava sua produção como “especial”.

Parceria: o técnico de campo do ATeG Café+Forte Antônio de Souza, o gerente da fazenda, Jonathan Chagas, e o proprietário Pierre Pereira

Souza conta que, já nessa época, a fazenda possuía duas características importantes: altitude e variedades exóticas de qualidade. “Diante disso, o que nós fizemos foi orientar e dar o caminho para que ele buscasse um processo de pós-colheita diferenciado, com a separação dos melhores grãos, e a busca por profissionais que pudessem provar e avaliar esse café”. O técnico de campo conta, ainda, que o resultado foi animador. “Neste ano, as notas dos cafés da fazenda subiram para 87, 88 pontos”, diz.

Pierre com a família e funcionários: Fazenda Terracini possui 350 hectares, mais de 100 cultivados por cafés

Melhorias que incentivam Pierre a permanecer no segmento. “Continuamos investindo em assistência técnica e gerencial, ficamos entre os 10 finalistas da Premiação ATeG Café+Forte 2023, e conquistamos os certificados Rainforest e Certifica Minas que conferem boas credenciais para exportação”. Entusiasmado, Pierre diz que “o céu é o limite!” e já se organiza para exportar sua produção pela primeira vez. Há dois meses, ele se mudou de Orlando para Washington DC. A esposa Irka Pereira, uma costa-riquenha que também é de uma família de cafeicultores, e os quatro filhos, foram juntos. O objetivo é ficar mais próximo do Porto de Baltimore para facilitar a comercialização. “Os Estados Unidos são os maiores consumidores de café e o Brasil é o maior produtor, então quero fazer essa ponte. Atuar também no Canadá e trabalhar para criar uma boa imagem do café brasileiro aqui. Proporcionar experiências, por meio da degustação, que eduquem esse público sobre a nossa qualidade!”, argumenta.

Pierre ao lado da esposta, Irka Pereira: objetivo é impulsionar a boa imagem do café brasileiro nos EUA e Canadá

Fique por dentro:
O Terracini Coffee, produzido pela fazenda, é o escolhido pelo “Meu Café no Sistema Faemg Senar”, para o mês de agosto. O projeto dá visibilidade para cafeicultores e marcas que produzem cafés especiais nos canais de comunicação da entidade, além de ser servido em eventos e ações promovidas na sede e nos 10 Escritórios Regionais localizados no interior de Minas.

Onde encontrar o café Terracini:
www.terracinicoffee.com
www.instagram.com/terracinicoffee

Terracini Coffee: produto é o escolhido pelo projeto “Meu Café no Sistema Faemg Senar” de agosto