A gerente de Sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Ramos, apresentou na manhã desta quarta-feira (24), em Montes Claros, o programa "Raízes Hídricas", criado para aumentar a segurança hídrica no Norte de Minas, especialmente em relação à bacia hidrográfica do Rio Verde Grande. O programa, encabeçado pelo Sistema Faemg Senar em parceria com diversas entidades, pretende atuar em cinco eixos: orientação técnica e educativa; regularização dos usos de recursos hídricos; monitoramento e avaliação dos recursos; revisão de parâmetros de outorga, visando a regulamentação dos usuários; e articulação para cooperação entre as diversas instituições parceiras.
“Estamos presentes no Norte de Minas com frequência para falar das ações que temos desempenhado, desde a chegada da nossa diretoria atual, entendendo que a região tem um alto potencial de desenvolvimento, mas que precisa que tudo seja feito de forma sustentável. Por meio da representatividade e usando o pilar do nosso Sistema, que é a educação, estamos levando essas informações à ponta, de uma maneira mais palatável, sempre buscando alinhar e ajustar as políticas públicas para dar segurança jurídica e ambiental para o nosso produto rural”, destaca Mariana Ramos.
A apresentação ocorreu durante o evento “Gestão de Recursos Hídricos na Bacia do Rio Verde Grande: Construção Conjunta com os Usuários e Sociedade", encontro promovido em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Serviço Geológico do Brasil (SGB), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Verde Grande, com apoio e participação do Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros.
A proposta do evento, que reuniu produtores rurais, profissionais que atuam com o setor do agronegócio e entidades representativas, foi ampliar os diálogos sobre o uso dos recursos hídricos, bem como avançar em políticas públicas que assegurem acesso sustentável à água. “É importante essa oportunidade de enxergar a realidade da nossa situação em relação aos recursos hídricos. A gente vê que realmente é drástica a situação dos nossos rios. Então, quando a gente consegue trazer técnicos do mais alto gabarito para ajudar a identificar a situação da nossa região, poderá permitir que nós possamos planejar o futuro com uma discussão árdua”, destaca o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Verde Grande, Flávio Gonçalves Oliveira.
Produtor rural e presidente do Sindicato de São João da Ponte, Pedro Aparecido Pereira, vem acompanhando o debate de perto, para levar informações e estudos que possam guiar os produtores da sua área de extensão, dando mais suporte às ações regionais. Para ele, é preciso união para saber lidar com a crise hídrica.
“Com esses debates a gente fica conhecendo as necessidades e o que as entidades e órgãos de governo têm preparado para nós. Esperamos sair daqui hoje com uma luz, com alternativas, para saber orientar o produtor como ele pode se adequar e, assim, todos possam regulamentar seus documentos e regularizar seus poços de água subterrânea”, afirma.