Conheça o INAES

O INAES (Instituto Antonio Ernesto de Salvo) é uma associação civil sem fins lucrativos, dedicada ao desenvolvimento, pesquisa e inovação de sistemas produtivos. Atua em parceria com instituições públicas e privadas para fomentar a evolução das cadeias do agronegócio.

Projetos Estudos e Publicações
Editais

Pesquise todos os editais emitidos pelo SISTEMA FAEMG (FAEMG, SENAR, INAES e Sindicatos).

Compartilhe


Inaes capacita implementadores em boas práticas para projetos ambientais

RESTAURAÇÃO AMBIENTAL
ESCRITO POR JANAINA ROCHIDO, DE BELO HORIZONTE
27/03/2024 . SISTEMA FAEMG, INAES

Vinte e cinco profissionais de todo país saíram de Belo Horizonte mais capacitados para atuar em projetos de recuperação de passivos ambientais com foco no desenvolvimento, adaptação e validação de tecnologias visando a sustentabilidade dos sistemas de produção. Foi este o saldo da capacitação de implementadores realizada pelo Instituto Antônio Ernesto de Salvo (Inaes) em parceria com a Cargill.

Atividades teóricas na sede do Sistema Faemg Senar, em Belo Horizonte

Engenheiros ambientais e florestais, biólogos e agrônomos estavam divididos em duas turmas que tiveram atividades na sede do Sistema Faemg Senar, em Belo Horizonte, uma propriedade em Paraopeba e na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Paraopeba. O objetivo dos seis dias de trabalho foi a elaboração de um currículo de boas práticas, que vai nortear a atuação de todos nos projetos.

Os implementadores são as pessoas que realizam desde a seleção de produtores para serem contemplados em projetos com parceria da Cargill que mesclam sustentabilidade e produção rural, como o Agro +Verde, passando pelo diagnóstico das áreas a serem restauradas, até a preparação da documentação para ser auditada pela empresa. Na programação do treinamento, legislação trabalhista, tributária e ambiental, uso de softwares e equipamentos como drone e GPS para demarcação de áreas, padronização de documentos e arquivos e coleta de dados em campo.

A contribuição do uso correto do GPS e de drones foi um dos tópicos trabalhados

O gerente de Projetos de Sustentabilidade da Cargill, Raphael Hamawaki, opina que o treinamento permitiu a promoção de ações e práticas relevantes para garantir a qualidade e a perenidade das áreas restauradas pela empresa em mais de 40 projetos em 11 estados no Brasil. “A experiência do Sistema Faemg Senar na interlocução e engajamento com os produtores rurais é peça fundamental para garantir o sucesso dos projetos desenvolvidos pela Cargill, e essa foi uma das grandes contribuições no compartilhamento de experiências com os implementadores durante o curso”, avaliou.

Aprender com outras realidades

Para a engenheira florestal Lara Ribeiro, que atua em Piracicaba (SP), o treinamento foi importante para conhecer novas formas de restauração “pensando em menores custos para os produtores, os melhores arranjos e as possibilidades”. Ela reforçou, também, a importância da troca de conhecimentos entre os participantes de diversos locais: “isso nos permite saber como cada um lida com os desafios e como o pessoal aqui de Minas Gerais trabalha, para a gente enriquecer as nossas possibilidades. Esse intercâmbio de ideias entre pessoas de outros universos, mas que trabalham com restauração no mesmo sentido, nos ajuda a saber como implementar melhor as ações em vários sentidos”, avaliou.

Atividades de campo foram realizadas em Paraopeba

Participante da mesma turma, a engenheira ambiental especialista em Agronegócio Pollyanna Silva Câmara Araújo é do Maranhão, mas atua também no Piauí, Tocantins, Bahia e Ceará. “Essa capacitação agrega principalmente no sentido de nivelar nosso currículo de boas práticas, pois cada um tinha uma metodologia distinta para um mesmo contratante. São estruturas de áreas diferentes, então cada uma tem seus desafios, mas eles são muito próximos: engajamento, prospecção, eficiência da restauração. As experiências distintas nos fazem aprender uns com os outros e melhorar nossa atuação”, analisou a implementadora.

O gerente executivo do Inaes, Bruno Rocha de Melo, disse estar muito satisfeito com a capacitação. “Depois de seis dias e muitas discussões, teremos entregas de resultados de melhor qualidade ao produtor rural, em que o equilíbrio entre sustentabilidade e valor econômico agregado a essas áreas de preservação poderá ser extraído da melhor forma”, concluiu. 

Grupos puderam discutir diversos cenários encontrados no trabalho in loco