Dois produtores de Divinópolis conquistaram o segundo lugar nas categorias de 401 a 1.000 l/dia e acima de 1.000 l/dia na Premiação dos Destaques do ATeG Balde Cheio. Eles foram acompanhados pelo técnico Carlos Victor Rennó e pelo supervisor Hugo Otávio Ribeiro.
Para o presidente do Sindicato Rural de Divinópolis, Irajá Ferreira Nogueira, a vitória mostra o trabalho de dois jovens, abertos à implementação de novas tecnologias, que conquistaram bons resultados. “O ATeG Balde Cheio leva até os produtores as novas técnicas e os fazem ganhar dinheiro. Todos os participantes dessa primeira etapa do programa estão comemorando. O programa foi um sucesso, e todos querem a sua continuidade”.
“Os dois produtores têm histórico familiar com o leite. Como se diz: nasceram dentro do balde de leite. Quando perceberam que as informações, técnicas e planejamento que eu ofereci poderia alavancar a produção, eles abraçaram o programa. Eles conhecem cada etapa da sua propriedade e querem produzir cada vez mais”, disse Carlos Victor Rennó.
Vencedores
“Só tenho a agradecer ao Sistema FAEMG/SENAR/INAES/SINDICATOS por nos dar essa oportunidade de termos mais compreensão da nossa atividade. Cresci muito. No leite, ou você veste a camisa ou não produz”, disse Valmir Moreira Cunha, que conquistou o segundo lugar na categoria de 401 a 1.000 l/dia. Trabalhando apenas com a ajuda apenas do pai, a produção é de 750 l/dia, e a meta é chegar a 1.000 l/dia. Valmir destaca que o ATeG Balde Cheio corrigiu os problemas, como a reprodução do rebanho, a produção de silagem e o alto número de vacas secas.
Ele enfrentou problemas com a silagem no primeiro ano do programa, mas, em 2021, produziu tanto alimento que pôde vender para vizinhos. “Vivo do leite e, com ele, comprei minha carreta, ordenha, trator, minha casa. Tem que planejar e fazer bem feito para dar certo”. Valmir quer trabalhar com o máximo de tecnologia possível já que trabalha sozinho e pretende continuar nesse formato devido à dificuldade com mão de obra.
Na categoria acima de 1.000 l/dia, ficou em segundo lugar o produtor Adriano Paulo Soares, da Fazenda Passagem e Urubu. “A gente, que vive no meio rural, enfrenta muitas dificuldades. É preciso ter muita força para lutar e vencer”. Com produção em 1.500 l/dia, ele se prepara para chegar aos 2.000 l/dia em dezembro deste ano.
“Sempre enfrentei dificuldades com a administração. A fazenda é uma empresa, e a parte mais difícil é a gerencial”, acrescentou. Ele também destaca o planejamento das ações, como a produção de silagem para atravessar todo o período da seca, o que dá sustentabilidade para garantir o alimento de todo rebanho.
Ambos destacaram a importância do acompanhamento mensal do técnico e todo o planejamento orientado por Carlos Rennó, que proporcionou todo o investimento, o aumento da produtividade e a produção de silagem de qualidade e com fartura.