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Dia do Agro debate produção sustentável

COP-28
ESCRITO POR FERNANDA TEIXEIRA, DE BELO HORIZONTE
10/12/2023 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, FAEMG

Um dos momentos mais importantes para o setor produtivo brasileiro durante a COP-28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o Dia do Agro reuniu neste domingo (10/12),  especialistas, representantes do governo, embaixadas, empresas e organismos internacionais, para discutir sobre produção sustentável no Brasil e no mundo. Dentro do painel “Transição Energética - Potencialidades do Agro Brasileiro”, o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, apresentou aos participantes o projeto Movido pelo Agro, desenvolvido em parceria com a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), para incentivar o uso do etanol.   

Sistema Faemg Senar e Siamig apresentam projeto “Movido pelo Agro”  durante painel sobre transição energética. Na foto, os participantes do painel.  Crédito: Daniela Luquini 

“Mostramos a importância do setor sucroenergético para nós, tanto na parte da agricultura quanto na indústria, e a excelente opção que o Brasil possui desde a década de 80, que é o biocombustível etanol. Falamos sobre como é relevante um setor privado entender isso e colocar em prática, como nós fizemos em nossa frota e na dos nossos colaboradores. A ideia é buscarmos parcerias com órgãos e outras entidades para que mais pessoas participem”, explicou o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo. Em aproximadamente um ano, a frota da instituição percorreu cerca de um milhão de quilômetros com o Movido pelo Agro, evitando a emissão de mais de 122 toneladas de CO2 equivalente.

“Temos o grande desafio de levar para a sociedade brasileira os benefícios ambientais dos biocombustíveis no Brasil, em especial em Minas Gerais. Com a nossa parceria, usamos o etanol na frota da Faemg e promovemos o uso do etanol por colaboradores. E depois a Faemg levou isso para os sindicatos. Mas queremos isso como estratégias até pessoais, para descarbonizar e ajudar na sustentabilidade”, acrescentou o presidente da Siamig, Mário Campos.

No mesmo painel, a presidente executiva da Abiogás, Renata Isfer, falou sobre biogás e biometano como instrumentos de descarbonização. A vice-presidente de estratégia e sustentabilidade da Raizen, Paula Kovarski, abordou as oportunidades da agroindústria brasileira para alavancar soluções para descarbonizar a economia, juntamente com o chefe de Relações Internacionais da Embrapa, Marcelo Morandi. Por fim, a secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffmann, e o vice-presidente da Farsul, Domingos Lopes, discutiram “Oportunidades de transição energética dentro das propriedades rurais”.

Pecuária Sustentável e Regularização Ambiental

A transparência do setor também foi tema de debate no Dia do Agro. Nesse painel, Antônio de Salvo apresentou um caso de sucesso sobre pecuária sustentável nas fazendas Canoas e Lagoa dos Currais, em Minas Gerais. Nessas propriedades, foi possível recuperar uma área de pastagem degradada por meio da técnica de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF).

Presidente Antônio de Salvo apresenta caso de pecuária sustentável implementado em Minas Gerais.                   Crédito: Daniela Luquini 

No mesmo painel, a gerente de Sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Ramos, e o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias Filho (CNA), apresentaram o PRAVALER, programa de regularização ambiental como instrumento de integridade ambiental. Segundo Mariana, a transparência no cumprimento da regularização ambiental no setor agropecuário está intrinsecamente ligada à validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

“É crucial assegurar que a nossa legislação ambiental não impeça nosso contínuo crescimento, garantindo segurança climática e energética, e proporcionando oportunidades adicionais e benefícios colaterais para todos”, gerente de Sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Ramos

“Apresentamos o projeto-piloto do RetifiCar, iniciativa da CNA, e primeiro serviço do Programa Balcão do Produtor Rural, executado pela federação em parceria com os sindicatos e Instituto Estadual de Florestas (IEF), atualmente em andamento em Lagoa Grande, Lagamar, Presidente Olegário e Vazante, em Minas Gerais. Entendo que a morosidade de validação do CAR tem excluído os produtores rurais do acesso a benefícios como a redução de juros e outras vantagens proporcionadas pelo Código Florestal”, destacou.

Participantes do painel Transparência no Agro. Crédito: Daniela Luquini