Um casal de produtores é mais um caso de sucesso da família inserida no campo, estimulada pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial - ATeG Balde Cheio, ofertado pelo Sistema Faemg Senar, em parceria com entidades cooperadas.
Na Fazenda Brejos, situada em Santa Cruz de Salinas, a produtora Nívea Maria Duarte e o marido, Delto Martins de Sá, passaram por momentos de tensão no final de 2020, quando a fazenda já sinalizava dificuldade na gestão e crise no manejo nutricional. “Percebemos que a mineralização estava ficando a desejar, pois trabalhávamos com uma mistura de minerais. Com a instrução do técnico de campo, começamos a separá-los e isso começou a dar um bom resultado”, disse a produtora, que agora aposta em uma nova tecnologia para superar a seca. “Nessa fase tão difícil para os produtores, atualmente podemos afirmar que não perdemos nenhum animal por alimentação, inclusive, já plantamos palma”, ressaltou.
Com a chegada do programa, oferecido em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Taiobeiras, muita coisa mudou, inclusive a organização de tarefas da fazenda. “Nívea se responsabilizou pela parte organizacional do sistema de produção, que inclui a gestão produtiva, econômica e processo de comercialização do queijo, que é o produto final. Delto cuidou da parte produtiva operacional do negócio, incluindo o manejo do rebanho e o processamento da produção de queijo”, contou o técnico de campo do ATeG Balde Cheio, Iury Marques, que ressaltou enxergar no casal um “um grande exemplo de cumplicidade e superação”.
Para chegar até aí, Nívea e Delto precisaram de foco. “Não contavam com quase nenhum tipo de suplementação e a falta de técnicas e manejo no rebanho com as matrizes gerava a baixa produção de leite”, relembrou. De acordo com Iury, sob orientação do programa, o casal começou a realizar o descarte gradativo das matrizes, incluiu a mineralização e forneceu concentrado. “Aumentamos a produção de leite em 35%, iniciamos o trabalho com a palma e Nívea não parou de se especializar. Realizou muitos cursos de capacitação, participou de Dias de Campo e palestras, sempre repassando ao marido o aprendizado”.
Hoje em dia
Após dois anos de ATeG, a propriedade “saiu do vermelho” e assinou contrato com empresas de Montes Claros e outras localidades para o fornecimento de queijo. Além disso, investiu em valor agregado e criou a sua própria marca, a Queijos Martins. Atualmente, já tem mão de obra contratada, gestão validada, e almeja contratação de um técnico próprio para supervisão contínua.