A Fazenda Potes do produtor rural Gentil de Oliveira Júnior, 75 anos, mudou para melhor depois que o programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG Balde Cheio) chegou à propriedade em 2022. Nos últimos dois anos, a produção de leite da fazenda passou de 30 litros por dia para 150.
Gentil é um dos 17 participantes do ATeG Balde Cheio na região e celebra os resultados no seu sítio em Braúnas, no Vale do Rio Doce. Ao iniciar o ATeG, sua produção de leite estava baixa e não era suficiente para cobrir as despesas. Com o início do programa e a orientação da técnica de campo Amanda de Souza Costa as melhorias foram implementadas e trouxeram resultados positivos.
Por meio de um projeto de crédito rural, Gentil adquiriu nove novilhas prenhes. Com o aumento do rebanho, a produção de leite cresceu para uma média de 150 litros por dia. Resultado que trouxe renda suficiente para cobrir as despesas.
"Antes, eram só quatro vacas em lactação. Com a orientação que recebi da técnica do ATeG, investimos na melhoria do alimento do rebanho. O que utilizávamos antes era de uma qualidade muito inferior e isso estava interferindo na produção. O investimento em silagem no primeiro ano do programa também foi fundamental para a melhoria nos anos seguintes", relata Gentil.
Sucessão familiar
Larissa Salvador Oliveira Dantas, de 26 anos, filha de Gentil, acompanhou o processo de mudança proporcionado pelo ATeG Balde Cheio. Formada em engenharia civil, ela decidiu voltar para Braúnas e ajudar o pai na fazenda. Apesar de não participar diretamente do ATeG, ela realizou vários cursos do Sistema Faemg Senar colocando em prática o que conhecimento adquirido.
Em um desses cursos, Larissa aprendeu a fazer requeijão, queijos e iogurte. "Realizei alguns cursos relacionados à produção leiteira, e isso foi de extrema importância. Graças às capacitações realizadas, foi possível tornar o manejo na lida mais suave e sanar alguns problemas que havia na propriedade".
A sucessão familiar apresenta desafios devido aos conflitos entre antigos costumes e novas práticas de manejo, mas Larissa considera a experiência enriquecedora. "A propriedade estava improdutiva devido à dificuldade do meu pai em tocá-la sozinho. Foi, e ainda é preciso, fazer diversas reestruturações, mas o nosso prazer é sentir que estamos no caminho certo. Ver a fazenda produzindo hoje é satisfatório, mesmo sabendo que precisamos mais e que, com a nossa fé em Deus, iremos conseguir".