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ATeG Olericultura promove mudança na vida de casal no Vale do Jequitinhonha

VIOLÊNCIA NO CAMPO
ESCRITO POR DIEGO SOUZA, DE GOVERNADOR VALADARES
03/02/2023 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, FAEMG

Numa localidade que já foi conhecida como o “Vale da pobreza”, onde “nada se produzia”, um casal mostrou determinação para desmistificar a referência negativa empregada na região Córrego do Filismino, na zona rural do município de Caraí, no Vale do Jequitinhonha. 

Da realidade difícil com a produção de legumes, verduras e hortaliças, a um faturamento quase cinco vezes maior em pouco mais de um ano, o casal Milza Gomes Silva e Adailton Lopes dos Santos viu suas vidas mudarem. Eles participam do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Olericultura, que é promovido pelo Sistema Faemg Senar em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Teófilo Otoni.

Desde maio de 2021, o casal recebe as orientações do técnico de campo Robson Pinheiro de Souza e do supervisor do ATeG Café + Forte Leandro Gonçalves Moreira. “No início do ATeG foi identificada alta acidez no solo, mas nós promovemos uma correção e começamos a fazer usos de novas tecnologias de produção que estavam ao alcance dos produtores. Isso fez com que melhorasse a qualidade dos produtos e influenciou positivamente na comercialização e aumento na receita do casal”, explica o técnico de campo.

O técnico Robson com o casal Milza e Adaílton

Para se ter uma ideia do sucesso promovido pelo programa na vida do casal, no primeiro trimestre do ATeG, eles tinham uma receita líquida aproximadamente 1.000 reais, uma média de pouco mais de R$ 300 por mês. No entanto, no último trimestre de 2022, com um ano e meio de participação no ATeG, Milza e Adailton atingiram a marca de aproximadamente R$ 4.500 de receita líquida; uma média R$ 1.500 mensais, cinco vezes maior que a receita inicial.

“Somos muito gratos a Deus por ter colocado o Sistema Faemg Senar e o Róbson em nossas vidas. Estamos muito satisfeitos com a produtividade no nosso sítio e com a renda que estamos obtendo desde o início do ATeG. Temos certeza de que ainda vamos melhorar com o decorrer do ATeG, mas já estamos em melhor situação se compararmos ao início”, afirmou Adaílton Lopes do Santos. 

No “Presente de Deus”, nome do sítio em que o casal vive com o filho, a produção agora é quase quatro vezes maior do que no início do ATeG. Nos meses de maio, junho e julho de 2021 foram produzidos 170 quilos de legumes, verduras e hortaliças. Já em outubro, novembro e dezembro do ano passado a produção saltou para 650 quilos.

“Tínhamos uma produção praticamente de subsistência e isso mudou da água para o vinho, a ponto de vivermos da nossa produção e ainda comercializar o que sobra. Vendemos nossos produtos para o PAB (Programa Alimenta Brasil) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) que repassa nossos produtos para a alimentação dos alunos das escolas do município de Caraí. Isso nos deixa muito gratificados. Estamos muito felizes com essa mudança nas nossas vidas”, declarou Milza Gomes Silva.